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Requalificação profissional se torna essencial até 2030

Segundo o Fórum Econômico Mundial, 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar até 2030. Especialista aponta a tecnologia como principal motor...

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
07/04/2025 às 15h38
Requalificação profissional se torna essencial até 2030
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O mercado de trabalho global passa por uma transformação acelerada. Conforme o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, do Fórum Econômico Mundial, 59% dos profissionais precisarão se requalificar ou aprimorar suas habilidades até 2030. O estudo também aponta que 40% das competências exigidas pelo mercado devem mudar até o fim da década.

A evolução tecnológica, com destaque para a inteligência artificial (IA) e a automação, é um dos principais fatores que impulsionam essa necessidade de atualização. O relatório estima que 170 milhões de novas funções serão criadas até 2030, enquanto 92 milhões deixarão de existir, resultando em um saldo positivo de 78 milhões de empregos.

“O ritmo da transformação do mercado de trabalho exige que profissionais e empresas adotem uma mentalidade de aprendizado contínuo. Funções estão sendo redefinidas e a capacidade de adaptação será determinante para a empregabilidade no futuro”, analisa Andréa Felgueiras, Gerente de Marketing para Atração de Talentos no ManpowerGroup Brasil.

Habilidades em alta

O estudo destaca que as competências mais valorizadas nos próximos anos incluem criatividade, resiliência, flexibilidade, agilidade e pensamento analítico. Habilidades tecnológicas também estarão em alta, como conhecimentos em inteligência artificial, big data, redes e segurança cibernética.

“As empresas não estão somente buscando profissionais com habilidades técnicas, mas também aqueles que tenham capacidade de resolver problemas complexos, trabalhar em equipe e liderar processos de inovação”, afirma Andréa Felgueiras.

Desafios para empregadores e profissionais

A lacuna de competências é um desafio para 63% dos empregadores, que buscam evitar a obsolescência de seus negócios. Segundo o mesmo relatório do Fórum Econômico Mundial, a falta de qualificação dos trabalhadores e a resistência à mudança são alguns dos principais entraves. Para enfrentar esses desafios, 77% das empresas planejam investir na capacitação de suas pessoas.

“A grande questão é que a requalificação profissional precisa ser uma responsabilidade compartilhada entre empresas, governos e trabalhadores. Apenas iniciativas isoladas não serão suficientes para suprir a demanda crescente por novas habilidades”, avalia Felgueiras.

Impacto no Brasil

No Brasil, a dificuldade em encontrar profissionais com determinadas habilidades é uma realidade. Um estudo conduzido pelo ManpowerGroup revela que 81% dos empregadores brasileiros já enfrentam dificuldades para contratar profissionais com as competências necessárias. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que o país precisará formar 2,2 milhões de novos profissionais e requalificar 11,8 milhões até 2027.

“A requalificação é um dos principais desafios do mercado de trabalho brasileiro. As empresas precisam investir cada vez mais em programas de capacitação interna e parcerias com instituições de ensino para suprir essa carência”, destaca Felgueiras.

Para reduzir o déficit de habilidades, algumas empresas adotam a educação como um benefício corporativo: “Oferecer treinamentos e programas de requalificação para os colaboradores é uma estratégia para atrair e reter talentos, além de preparar os profissionais para novas exigências do mercado”, comenta a especialista.

Perspectivas futuras

O mercado de trabalho global deve crescer 7% nos próximos cinco anos, com um incremento de 78 milhões de empregos. No entanto, os desafios demográficos, o aumento do custo de vida e o avanço da tecnologia continuarão impactando o futuro do trabalho em diversos países.

“A transformação do mercado de trabalho já está acontecendo. Os profissionais que conseguirem se adaptar rapidamente e desenvolver novas habilidades terão maiores chances de se manterem competitivos no futuro”, conclui Felgueiras.

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