O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), gerido pelo governo do Estado, realizou no sábado (5) a segunda captação de rins, fígado e córneas do ano. Os órgãos doados vieram de uma mulher de 60 anos, moradora de Venâncio Aires. O procedimento só foi possível graças ao gesto solidário da família, que autorizou a doação de órgãos.
Segundo a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, a fila de espera no Estado reúne 1.240 pessoas por transplante de rim, 1.139 por córnea e 142 por fígado. De 2019 a 2024, cerca de 9.500 transplantes de órgãos foram realizados no Rio Grande do Sul. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, destacou que as equipes estão preparadas para salvar vidas. “A estrutura está pronta, mas só conseguimos agir com o ‘sim’ da família”, afirmou.
Neste ano, a Secretaria da Saúde (SES) habilitou sete novos hospitais para atuar na captação e transplante de órgãos. Arita reforçou a importância do diálogo: “Falar com a família é essencial para oportunizar a vida de alguém.”
Hoje, 2.612 pessoas aguardam por um transplante de órgão no Estado. Para ser doador de órgãos, não é necessário registrar o desejo em documento — basta informar a família. A autorização formal só ocorre após a morte e com o consentimento dos parentes.
Podem ser doados fígado, rins, córneas, pâncreas, intestino, pele, coração e pulmão. Em vida, é possível doar um rim, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão para parentes de até quarto grau e cônjuges.
O chefe da Divisão de Transplantes do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, reforça: “Para se tornar um doador, basta conversar com a sua família, expressando o desejo de ajudar quem está na lista de espera por um transplante de órgãos.”