Assim como na pré-temporada, o Brasil de Farroupilha Feminino retomou às atividades de forma antecipada em relação às demais equipes do Campeonato Brasileiro A2. Com os resultados negativos nos testes para Covid-19, as gurias rubro-verdes retornaram ao Estádio das Castanheiras após mais de cem dias de paralisação. Neste primeiro momento, com o elenco dividido em grupos e com os cuidados seguidos por rígidos protocolos, a equipe visa retomar o condicionamento físico que alcançaram no início da competição nacional.
O objetivo da retomada ainda em junho, no entanto, não é obter vantagem, mas sim buscar a equivalência. Por se tratar de uma equipe não profissional, as atletas do Brasil não contam com treinos diários, ao contrário de outros clubes, inclusive do grupo da equipe rubro-verde no Brasileirão A2. Portanto, o retorno antecipado, mesmo que não se tenha uma data para reinício da competição nacional, visa condicionar as atletas ao nível dos times profissionais.
De acordo com o diretor administrativo do clube, Gabriel Marchet, os treinamentos estão seguindo rígidos protocolos estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “A divisão de grupos já foi feita, inclusive esses grupos serão fiéis na sequência. Os treinos são sempre no mesmo horário, mas dispomos de muito espaço no complexo das Castanheiras e também um CT bastante qualificado para conduzir todas as frentes de trabalho”, salienta.
Os treinamentos nas Castanheiras ocorrem à noite, com a liberação por parte do departamento médico, que é responsável por avaliar as condições do tempo para a prática esportiva.
Foto: Tati Petkovicz Pozza
“Estamos muito empolgadas para esse retorno”, relata a goleira rubro-verde, Gil Vigolo
Após vencer a Chapecoense, em Xanxerê-SC, por 4 a 3 no pontapé inicial do Brasileirão A2, em março, as atletas do Brasil permaneceram mais de cem dias sem trabalhos dentro das quatro linhas. Apesar de o retorno significar uma nova pré-temporada, a goleira da equipe de Farroupilha, Gil Vigolo, acredita que os trabalhos não serão retomados do “zero”.
Durante a paralisação devido à pandemia, as atletas deram continuidade aos trabalhos físicos, mesmo que no improviso. Apesar disso, o foco principal será novamente recondicionar fisicamente a equipe ao nível que a competição nacional exige. Para isso, o clube contará com um novo preparador físico, Rafael dos Santos, o Brasa, que fez parte da comissão técnica do Caxias em 2019.
“Na parte física cada uma deu continuidade de forma individual. Claro que a retomada será trabalhada forte nessa parte, ainda mais com o novo preparador físico, o Brasa. Mas na parte técnica e tática com certeza teremos muita coisa a ser relembrada e colocada em prática. Temos muita coisa para evoluir, entrosar e trabalhar”, pondera Gil.
Goleira Gil foi uma das destaques pelo Brasil-FAR no título do interior de 2019 / Foto: Kévin Sganzerla
Mesmo com os desafios que as restrições vão proporcionar para a adaptação dos trabalhos, a atleta enfatiza que o grupo está animado para voltar aos treinos e realizar a preparação mais próxima da ideal visando a competição nacional. “Apesar de todas essas restrições, nós estamos muito empolgadas para esse retorno, e iremos absorver o máximo que a comissão tem para trabalhar conosco”, salienta.
O comandante técnico do Brasil. Luciano Almeida, ressalta que o foco principal será a preparação física, visando novamente se equiparar com o nível das equipes profissionais, que treinam diariamente: “É claro que estamos atrás das demais equipes em relação à quantidade de treinos, mas vamos fazer o melhor para voltar bem e poder bater de frente com as demais equipes que treinam diariamente”, ressalta.
O Campeonato Brasileiro Feminino A2, que realizou até então apenas a primeira rodada, ainda não tem previsão para recomeçar. O Campeonato Gaúcho Feminino de 2020, o qual o Brasil é o atual campeão do interior, também não tem data prevista para iniciar.
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