O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção subiu 0,3 ponto e atingiu 49,3 pontos em fevereiro , revelou a Sondagem Indústria da Construção, divulgada hoje (28), em São Paulo, pela Confederação Nacional da Indústria e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
No entanto, como segue abaixo de 50 pontos, o indicativo aponta para o pessimismo dos empresários do setor. Há três meses o índice segue abaixo dos 50 pontos. Conforme o CNI, os empresários avaliam que as condições atuais das empresas e da economia são piores do que há seis meses.
Apesar do sentimento do empresariado, os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados cresceram para valores superiores aos de janeiro e fevereiro de 2024 .
Em fevereiro de 2025, o índice de atividade ficou em 46,9 pontos. Em janeiro, estava em 43,7 pontos. Com relação a fevereiro de 2024, o número foi de 46,2 pontos. Pela metologia do estudo, quanto maiores os índices, melhor é o desempenho da construção.
No que diz respeito ao total de empregados, o indicativo ficou em 48,2 pontos em fevereiro. Em janeiro estava em 45,6 pontos; e em fevereiro de 2024, 46 pontos.
Ainda segundo o levantamento, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção seguiu com os mesmos 67% para janeiro e fevereiro. O mesmo percentual de fevereiro de 2024.
“A construção ainda se beneficia dos juros mais baixos do início do ano passado e de mudanças no [programa] Minha Casa, Minha Vida, que permitiram ao setor fazer investimentos de longo prazo. No entanto, os empresários mostram bastante preocupação para os próximos meses, justamente por conta das taxas de juros elevadas, que afetam tanto a demanda quanto os custos do setor”, disse Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
A Sondagem Indústria da Construção pesquisou 296 empresas - 110 de pequeno porte, 126 de médio porte e 60 de grande porte - entre os dias de 6 e 17 de março deste ano .