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Mãe do menino Rafael Winques confessa que estrangulou o filho

Alexandra Dougokenski mudou sua versão em novo depoimento e disse que usou uma corda de varal para matar o menino de 11 anos porque ele desobedecia suas ordens.

28/06/2020 às 12h28 Atualizada em 10/07/2020 às 12h21
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Em novo depoimento dado à Polícia Civil, no Palácio da Polícia, na tarde deste sábado, 27, Alexandra Dougokeski, 33 anos, mudou a versão que vinha sustentando até então, de que não teve a intenção de matar o filho Rafael Mateus Winques, 11 anos, em Planalto, no norte do estado. A mãe admitiu que matou o menino com uma corda de varal quando ele estava acordado no quarto devido à desobediência do garoto. 

Alexandra disse aos investigadores que, por volta da meia noite do dia 15 de maio, deu dois comprimidos de Diazepam ao filho, após tê-lo repreendido por passar diversas noites em claro mexendo no celular. O objetivo da mãe era que o menino dormisse. Alexandra foi para cama. Porém, por volta das 2h, ela acordou, retornou ao quarto e Rafael ainda estava acordado, mesmo após a ingestão do medicamento.

Na nova versão, Alexandra diz que, ao perceber que o filho estava acordado, ela foi até a área de serviço, pegou a corda, preparou a laçada e voltou até o quarto para asfixiá-lo. O menino se debate, cai no chão e sofre uma lesão na costela, confirmada pelo laudo de necropsia. "Ela diz que quando ela deu o laço, o menino asfixiou e caiu. Quando ele cai, ela sai do quarto e deixa ele asfixiando. Depois de um tempo ela retorna e vê que ele desfaleceu. Ela então vai ao quarto dela, pega uma sacola plástica, pois não consegue olhar para o rosto dele. Com essa sacola, cobre o resto do menino, pega ele no colo e transporta até a casa vizinha, onde sabia que tinha uma caixa", resumiu o delegado Eibert Moreira Neto, diretor de investigações do Departamento de Homicídios.

O advogado Jean Severo deixou o caso durante o depoimento de Alexandra. Severo afirma que a suspeita foi coagida pela polícia a mudar a versão e se negou a assinar o depoimento. O defensor chegou a gravar um vídeo em que Alexandra admite isso e enviar para a imprensa.  A versão do advogado e o vídeo motivaram os investigadores a chamarem um delegado da Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) para conversar com Alexandra. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Defensoria Pública também foram até o Palácio da Polícia ouvir a mãe. Segundo a diretora do Departamento de Homicídios, delegada Vanessa Pitrez, Alexandra decidiu trocar a defesa e optou pela Defensoria Pública. "Temos um vídeo em que Alexandra fala que em momento nenhum foi coagida pela polícia. Tomamos todos os cuidados, cada passo foi filmado, certificado por escrito e assinado por todos", finalizou o delegado. 

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