Geral Segurança Pública
Utilização de câmeras corporais pela Brigada Militar completa seis meses de implementação com avaliação positiva
As câmeras corporais usadas pelo efetivo da Brigada Militar, em Porto Alegre, completam, neste mês de março, seis meses de implantação pelo governo...
19/03/2025 08h21
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

As câmeras corporais usadas pelo efetivo da Brigada Militar, em Porto Alegre, completam, neste mês de março, seis meses de implantação pelo governo do Estado, com avaliação positiva. Ao todo, já são 910 equipamentos em funcionamento nos batalhões da capital.

Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontam que o 9º Batalhão de Polícia Militar, primeiro a utilizar os equipamentos, registrou queda de 77% no número de prisões por desacato, enquanto os casos de resistência caíram 76,5%.

A quantidade de sindicâncias é outro ponto positivo, com redução de 41,7% – baixando de 12 para sete. Sindicância é um procedimento administrativo que visa apurar irregularidades cometidas pelos policiais militares. Os procedimentos administrativos disciplinares, que são as punições feitas caso seja identificada alguma irregularidade, reduziram-se em 41,9%.

Sobre as câmeras

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Os equipamentos são utilizados nos uniformes dos policiais, reforçando a transparência e a legitimidade das ações dos agentes de segurança. Com especificações técnicas que garantem alta performance, cada câmera possui uma bateria com mais de 12 horas de duração, permitindo longos períodos de uso sem interrupções e possibilitando o uso em todo turno de serviço.

Além disso, a tela de LCD facilita a visualização em tempo real, enquanto o campo de visão diagonal de 146º e a resolução de 720p HD asseguram que cada detalhe das ações policiais seja capturado com clareza.

As câmeras corporais têm gravação ininterrupta durante todo o turno de trabalho do policial, em baixa resolução e sem som. Em uma ocorrência, quando o policial aciona o botão, a captação passa a ser feita em alta qualidade e com áudio, e é possível acompanhar em tempo real a imagem em uma sala de operações. As imagens captadas auxiliam na investigação de eventuais transgressões da ação policial, contrárias ao determinado nos procedimentos operacionais padrões da corporação.

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Números históricos

O uso das câmeras corporais é um dos elementos que ajudou na histórica série de redução dos indicadores criminais no Rio Grande do Sul . Nos crimes contra o patrimônio, os roubos a pedestres tiveram uma retração de 40%, passando de quase 1,5 mil casos em fevereiro de 2024 para 901 no mesmo período neste ano.

Nos roubos de veículos, a queda foi de 24%. No segundo mês do ano passado foram registrados 260 crimes do tipo, enquanto em fevereiro deste ano foram 197. No transporte coletivo, nas instituições financeiras e no comércio, o Estado também teve importantes reduções nos índices.

Isso tudo é possível, também, graças ao RS Seguro, programa transversal e estruturante da segurança pública, que completou seis anos em 2025. Lançado pelo governador Eduardo Leite como uma iniciativa inovadora no Brasil, o RS Seguro tem como foco ações de integração, inteligência e investimentos qualificados, que viabilizam soluções sustentáveis para a redução da criminalidade no Estado.

Na quinta-feira (13/3), o programa foi destacado por especialistas em segurança pública durante a Reunião A1 – realizada mensalmente no Palácio Piratini com as forças de segurança do Estado –como referência nacional e internacional no combate à criminalidade.

Texto: Ascom SSP
Edição: Secom