Os servidores públicos municipais de Bento Gonçalves decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (13), entrar em estado de greve. A decisão será formalmente comunicada à Prefeitura nesta sexta-feira (14), e um prazo de dez dias foi estabelecido para que o Executivo municipal inicie negociações com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERP). Caso não haja avanço nas tratativas até o dia 24 de março, a categoria poderá deflagrar uma greve geral.
Entre as principais exigências dos servidores estão:
✅ Reajuste salarial, que está atrasado
✅ Aumento no valor do vale-alimentação
✅ Explicações sobre a modernização administrativa, que justificou a retirada do benefício dos biênios
✅ Melhores condições de trabalho e valorização profissional
A mobilização ocorre em meio a um cenário de insatisfação, após a aprovação de projetos polêmicos do Executivo, que resultaram em perdas significativas de direitos de futuros servidores públicos. Apesar da desvalorização, os servidores seguem garantindo serviços públicos de qualidade à população.
A presidente do SINDISERP, Neilene Lunelli, criticou a postura da administração municipal, destacando que não houve abertura para negociações. "Desde o início, a primeira coisa que fizemos foi buscar o diálogo, mas a intransigência do Executivo ficou evidente, contrariando inclusive a legislação", afirmou Neilene. A presidente reforçou que a categoria está mobilizada e não aceitará ameaças ou represálias dentro da administração municipal.
A assembleia contou com a presença de Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS, que manifestou solidariedade à categoria. Também esteve presente o vereador Moisés Scussel, que votou a favor dos servidores na sessão da Câmara Municipal, realizada na última segunda-feira.
Com a notificação oficial à Prefeitura e o prazo estabelecido para negociação, os servidores aguardam uma resposta do prefeito. Caso as demandas não sejam atendidas, Bento Gonçalves poderá enfrentar uma greve geral dos funcionários públicos a partir do dia 24 de março.