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Novas casinhas para artesãos darão ocupação positiva à praça Bartholomeu Tacchini

Estruturas foram instaladas na manhã desta segunda-feira, dia 15. Além de melhorar as condições para os trabalhadores, projeto também busca qualificar o uso deste espaço central

15/06/2020 às 16h58 Atualizada em 27/06/2020 às 12h12
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Jorge Bronzato Jr.
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Divulgação Prefeitura
Divulgação Prefeitura

Uma demanda de praticamente 20 anos, reivindicada pela Associação dos Artesãos de Rua de Gonçalves junto ao Poder Público, finalmente começa a surtir efeito. Nesta segunda-feira, dia 15, a praça Bartholomeu Tacchini, no Centro (ao lado do Shopping Bento), recebeu as novas casinhas de madeira que passarão a abrigar os profissionais que ofertam seu trabalho no local.

Assim, eles deixarão de ocupar parte da calçada da rua Marechal Deodoro, onde mantinham suas barracas, e se instalarão nas cinco estruturas dispostas no espaço de lazer, que seguem um padrão similar às da Via del Vino. Além de garantir melhores condições ao grupo, a iniciativa também tem como objetivo proporcionar uma melhor ocupação da praça, onde é comum, mesmo à luz do dia, o registro de situações como brigas e a presença pessoas embriagadas.

A colocação das bancas é fruto de uma medida compensatória relativa à construção da Piazza Salton. Cabe, dessa forma, à incorporadora responsável pelo empreendimento, arcar com os custos e a execução da iniciativa, coordenada pela prefeitura.

Como contrapartida, os artesãos atuarão como "agentes do Turismo", auxiliando na divulgação dos atrativos da cidade e de informações aos visitantes – o que, a bem da verdade, já vêm fazendo nos últimos anos. No futuro, com o fim da restrições impostas pela pandemia de Covid-19, eles também pretendem movimentar a área com outros atrativos. "Vamos trazer a parte de apresentações culturais e também cuidar da praça no aspecto de limpeza e de evitar aglomerações de desocupados", explica Cris Zorzanello, vice-presidente da associação, que há 15 anos comercializa seus produtos junto à praça.

A presidente, Juçânia Mezzalira, complementa salientando que o novo formato evitará desconfortos e transtornos como os causados nos dias de chuva, quando eles precisam guardar seu material e sair às pressas do local. "Valoriza o nosso trabalho e também o Centro. Nós sempre fizemos o que foi possível para cuidar da praça, mas agora vamos poder mantê-la ainda mais organizada. Infelizmente, já tivemos até que presenciar pessoas se esfaqueando aqui. Nossa ideia é que agora ela vire um espaço cultural, dentro desse roteiro central", acrescenta.

O secretário de Cultura, Evandro Soares, lembra que, há cerca de cinco anos, a proposta chegou a ser discutida dentro das alternativas de fomento do Fundo de Cultura, mas não foi aprovada à época. "Quando surgiu essa nova possibilidade, mais recentemente, retomamos o debate e conseguimos tornar realidade. Temos uma grande preocupação com a ocupação correta da praça, porque um lugar desocupado acaba atraindo pessoas com ações indesejadas. Agora, certamente teremos um ambiente bem mais acolhedor para os frequentadores e mais adequado para os artesãos", conclui.

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