O Conselho Superior da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) se reuniu na manhã desta quinta-feira (27) para debater o empate histórico ocorrido nas eleições para a presidência da entidade no biênio 2025/2026. O inédito resultado da votação, realizada no dia 4 de fevereiro, na sede da AGAS, em Porto Alegre, refletiu a divisão entre os associados, com 61 votos para cada uma das duas chapas concorrentes. O estatuto da entidade não prevê solução em caso de empate nas eleições.
Diante desse cenário incomum, nove dos dez conselheiros da entidade participaram da reunião e, por maioria, sugeriram uma solução de conciliação: uma composição entre as duas chapas. A proposta apresentada prevê que o atual presidente, Antônio Cesa Longo, permaneça no cargo até o final de 2025, e, em seguida, Lindonor Peruzzo Jr. assuma a presidência em 2026. A recomendação foi formalmente registrada em ata.
A eleição deste ano é considerada a mais disputadas da história da AGAS, entidade que há décadas representa o setor supermercadista no Rio Grande do Sul. Antônio Cesa Longo, que está no comando da associação há 24 anos, enfrentou o empresário Lindonor Peruzzo Jr., vice-presidente do Grupo Peruzzo e nome forte entre os supermercadistas jovens e as redes menores.
A divisão dos votos demonstra que o setor está passando por um momento de transição, com parte dos associados defendendo a continuidade da atual gestão e outra parte apostando em uma renovação. A decisão do Conselho Superior da AGAS visa evitar um prolongamento do impasse e garantir a estabilidade institucional da entidade.
A AGAS é uma das mais influentes entidades empresariais do Rio Grande do Sul, representando centenas de supermercados que movimentam a economia do estado. Com a possibilidade de uma gestão compartilhada, espera-se um período de transição equilibrada, no qual experiência e inovação possam caminhar juntas.
Lindonor Peruzzo Junior lancou sua candidatura à presidência da Agas com um discurso que discordava da autal diretoria da associação. O problema estaria ligado a relação da entidade com o governo estadual. Para Peruzzo Junior, a Agas não se posicionou como deveria diante do aumento de impostos de vários produtos no ano passado.