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Brasil-FAR Feminino planeja retomar treinamentos ainda em junho

Com dois a três dias de treinos semanais, clube tem como objetivo equilibrar o condicionamento físico das atletas voltando antes em relação às demais equipes, que treinam diariamente.

11/06/2020 às 15h05 Atualizada em 26/06/2020 às 12h39
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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Ramon Cardoso/Jornal Informante
Ramon Cardoso/Jornal Informante

O Brasil de Farroupilha almeja retomar as atividades do time feminino ainda no mês de junho. Apesar não haver previsão para o retorno do Campeonato Brasileiro Feminino A2, nem para o início do Campeonato Gaúcho, o clube rubro-verde, que treina duas a três vezes por semana, deseja voltar aos treinamentos antes das demais equipes que treinam diariamente, tendo em vista equilibrar a condição física da equipe ao nível que a competição nacional exige. 

No entanto, a retomada das atividades no Estádio das Castanheiras está condicionada pela política de distanciamento controlado do governo estadual. Até então, Farroupilha está classificada com a bandeira laranja, que representa risco médio de contaminação do coronavírus. Caso o município passar para a bandeira vermelha, quaisquer atividades no clube serão impossibilitadas. 

Segundo o diretor administrativo do Brasil, Gabriel Marchet, o clube está planejando o retorno das atividades para junho. Para a retomada, o clube almeja aplicar testes para Covid-19 em todas as atletas e demais colaboradores. “Vamos viabilizar de alguma forma nem que tenhamos que custear”, explica.

Assim como no início da temporada, quando o Brasil iniciou os treinamentos ainda em janeiro para justamente tentar equalizar o condicionamento físico das atletas em relação às demais equipes do Brasileiro A2, que treinam diariamente, o plano de retomada dos treinos em junho tem o mesmo objetivo. 

“Os clubes maiores, até da nossa chave, a própria Chapecoense, que vencemos fora de casa na estreia, treinam todos os dias, e às vezes mais que um período. Então queremos tentar equilibrar de alguma maneira. Sabemos que os outros vão voltar em julho, então nós, um mês ou dias antes ajudaria a, pelo menos, condicionar fisicamente para quando chegar a um enfrentamento ter um pouco de melhora. Não queremos ser pioneiros. Nada disso. Queremos suprir um pouco do nosso déficit de preparação, claro, sempre prezando pelas condições”, salienta Marchet. 

O Campeonato Brasileiro A2 realizou apenas a primeira rodada da competição antes da suspensão dos jogos devido à pandemia. Na estreia, o Brasil derrotou a Chapecoense pelo placar de 4 a 3, em jogo realizado em Xanxerê-SC. 


Além da competição nacional, o Brasil de Farroupilha também vai disputar o Campeonato Gaúcho Feminino. “O presidente da FGF disse que precisa fazer (o Gauchão Feminino), nem que ele faça só a categoria adulta. Ele preza muito por manter esse campeonato. Precisamos nos preparar para ele. A preparação é dupla, tanto para a sequência do Brasileiro como para o Campeonato Gaúcho”, explica Marchet. 

Atletas conciliam nova rotina entre trabalho do dia-a-dia e treinos físicos 

Apesar da paralisação das atividades por conta da pandemia, as atletas seguem treinando, seja em casa ou na academia, para manter o mínimo de condicionamento físico visando o retorno dos treinamentos. A comissão técnica da equipe feminina, liderada pelo treinador Luciano Almeida, preparou uma cartilha de treinos para serem realizados em casa. Além disso, a equipe possui parceria com a academia Spartan Gym, de Farroupilha, o que também auxiliou em manter as jogadoras ativas durante esse período. 

A lateral Adriana Moraes, moradora do interior de Caxias do Sul, não consegue frequentar a academia, mas manteve uma rotina de treinamentos em casa. “Eu não posso ir na academia, então treino em casa. Minha sogra, prima e tia me ajudam e me dão incentivo para fazer os exercícios. Elas treinam comigo. E também cuido bastante da alimentação”, explica a atleta. 

Adriana Maraes foi uma das principais peças na conquista do título do interior, em 2019 / Foto: Kévin Sganzerla/NB

Além da tentativa de manter o condicionamento físico, mesmo no improviso, Adriana também trabalha para lidar com a ansiedade de rever as colegas de equipe e de competir. “A ansiedade está a mil, muitas vezes nem durmo direito à noite. Muita saudade de todos, das risadas, conversas, saudade daquele gramado maravilhoso do Brasil. Ansiedade de voltar a jogar o Campeonato Brasileiro e até dos treinos físicos”, comenta em tom de bom humor. 

As dificuldades enfrentadas por ela e pelas demais jogadoras em manter os treinos em uma rotina distante do clube, sobretudo conciliando treinos em casa e trabalho, têm sido o principal desafio até o presente momento. “Temos os treinos para fazer em casa, mas não é a mesma coisa do que fazer lá no Brasil. Em casa fazemos quando podemos, muitas vezes nem fazemos. Isso nos prejudica. Não é fácil para nós, time do interior, se manter, mas nosso amor pelo futebol vai além de qualquer obstáculo”, ressalta a lateral da equipe rubro-verde. 

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