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Brasileiros lideram compras de obras de arte no 1º semestre

Colecionadores compraram em média 15 obras neste período; Marta Fadel Martins Lobão, colecionadora de arte, fala sobre o fenômeno e suas implicações

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
18/02/2025 às 14h02
Brasileiros lideram compras de obras de arte no 1º semestre
Imagem de rawpixel.com no Freepik

O Brasil assumiu a liderança no número de transações de compra de obras de arte no primeiro semestre de 2024. Os colecionadores do país adquiriram, em média, 15 obras no período, enquanto a média global foi de 11 obras, segundo um levantamento realizado pelo banco UBS em parceria com a feira Art Basel, compartilhado pelo site Valor Investe.

Para Marta Fadel Martins Lobão, filha do também advogado e colecionador de arte Sérgio Ronaldo Sahione Fadel, membro do Conselho deliberativo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), esse feito coloca o país em destaque no mercado global e é um testemunho do crescente interesse e valorização da arte por parte dos brasileiros.

“A liderança do Brasil nas compras de obras de arte em 2024 é um reflexo do momento positivo que o mercado de arte atravessa no país”, afirma. “Esse crescimento pode ser atribuído a uma confluência de fatores, como a valorização do real em relação a outras moedas, o que torna as obras de arte mais acessíveis para os compradores brasileiros”, explica.

Além disso, Fadel aponta para o aumento do interesse por investimentos alternativos, nos quais a arte se encaixa como uma opção promissora.

“O fenômeno também é resultado da ampliação do acesso à arte por meio de feiras, galerias e plataformas digitais”, pontua. “Além disso, há uma busca crescente por patrimônio cultural e artístico, tanto por parte de colecionadores tradicionais quanto de novos investidores que enxergam a arte como um ativo de longo prazo”, complementa.

Mercado de arte no Brasil segue em ascensão

A Diretora Curadora do Instituto Sergio Fadel descreve o mercado de arte no Brasil como um setor em expansão e aprimoramento. Ela observa um aumento na profissionalização do setor, com maior transparência nas negociações e uma crescente internacionalização das galerias e artistas brasileiros: “A diversidade da produção artística nacional tem atraído tanto colecionadores estrangeiros quanto um público interno mais engajado”.

Para a especialista, a digitalização do mercado também desempenha um papel crucial, facilitando o acesso às obras e expandindo a base de compradores, o que torna o setor mais dinâmico e competitivo.

Expectativas para o futuro

Como colecionadora de arte, Fadel expressa otimismo em relação ao futuro do mercado de arte no Brasil.

“Espero que essa ascensão continue, com um fortalecimento das instituições culturais, maior reconhecimento de artistas emergentes e uma ampliação do perfil de colecionadores no país”, almeja.

Ela também vislumbra um futuro promissor para a arte contemporânea brasileira no cenário global, o que pode impulsionar ainda mais a visibilidade dos artistas nacionais: “Acredito que, com mais iniciativas voltadas para educação e acessibilidade, o interesse pela arte continuará crescendo e se diversificando”, projeta.

Recomendações para colecionadores de arte

Para Fadel, há algumas dicas que colecionadores de arte podem seguir no momento de adquirir uma obra. “O colecionador deve considerar tanto a conexão pessoal com a obra quanto seu valor histórico e artístico”, aconselha.

Ela também enfatiza a importância de verificar a procedência, o estado de conservação e a autenticidade da obra para garantir uma aquisição segura. Acompanhar o mercado e entender a trajetória do artista também são fatores importantes, pois podem influenciar a valorização da peça ao longo do tempo.

“A compra de arte deve ser feita com paixão, mas também com consciência sobre o impacto cultural e financeiro dessa escolha”, pondera Fadel.

A arte como patrimônio cultural

Marta Fadel, que também é advogada com expertise em direito empresarial e tributário, ressalta o papel fundamental da arte na construção da identidade e da história de um país.

“O fato de o Brasil estar liderando as compras de obras de arte no mundo mostra não apenas uma tendência de mercado, mas também um fortalecimento da valorização cultural”, argumenta.

Ela espera que esse movimento incentive ainda mais o desenvolvimento do setor, tornando a arte acessível a um público mais amplo e consolidando o Brasil como um polo artístico relevante no cenário global.

Para mais informações, basta acessar: https://martasahionefadel.com.br/

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