A partir de 28 de fevereiro, os usuários do Pix terão uma nova opção para realizar pagamentos de forma ainda mais ágil e prática. O Banco Central anunciou que a ferramenta poderá ser utilizada por aproximação e biometria, eliminando a necessidade de acessar diretamente o aplicativo bancário para concluir transações. O novo recurso deve impulsionar ainda mais o uso do sistema, ampliando sua concorrência com os cartões e o dinheiro em espécie, tanto no comércio físico quanto no digital. As informações são do jornal O Globo.
Com a novidade, o Pix poderá ser integrado às carteiras digitais nos smartphones, permitindo que os usuários realizem pagamentos apenas ao encostar o celular em maquininhas, assim como já ocorre com cartões de crédito e débito. No comércio eletrônico, a nova funcionalidade também promete simplificar o processo de pagamento, eliminando a necessidade de QR Codes e do Pix Copia e Cola. A transação poderá ser finalizada diretamente no site da loja, com um único clique.
Desde novembro de 2023, a funcionalidade tem sido testada por um grupo restrito de usuários, incluindo os principais bancos e instituições de pagamento do país, além de empresas responsáveis pela tecnologia das maquininhas de cartão e iniciadoras de transação de pagamento (ITP), que atuam como intermediárias entre lojistas e bancos.
Com a liberação oficial no dia 28 de fevereiro, os bancos serão obrigados a liberar as transações iniciadas por uma ITP. No entanto, a oferta do Pix por aproximação nos aplicativos bancários ou carteiras digitais será opcional, assim como a aceitação do serviço pelas maquininhas de pagamento. Ainda assim, a expectativa do mercado é que a concorrência incentive a adesão da maioria dos participantes.
O Banco Central recomenda que os clientes entrem em contato com suas instituições financeiras para verificar a disponibilidade do recurso.
Usuários de dispositivos Android poderão contar com a funcionalidade via Google Pay, a carteira digital da gigante da tecnologia. O Google Pay, que atua como iniciador de pagamentos (ITP), já vinha testando a tecnologia desde novembro, em parceria com instituições como C6 Bank, PicPay e Itaú (e sua maquininha, a Rede).
Além disso, 11 operadoras de maquininhas firmaram parceria com o Google e estarão aptas a aceitar pagamentos via Pix por aproximação no lançamento: Cielo, Getnet, PagBank, Stone, SumUp, Fiserv, Safra Pay, Sicredi, Azulzinha, Mercado Pago e Bin.
Por outro lado, a Apple ainda não solicitou registro como iniciadora de pagamentos no Brasil nem obteve licença junto ao Banco Central. Até recentemente, a empresa restringia o uso de carteiras digitais concorrentes no iPhone, impedindo a adoção do Pix por aproximação no sistema iOS. Mesmo após flexibilizações impostas por processos na União Europeia, a companhia não disponibilizou alternativas para os usuários brasileiros. Procurada, a Apple não comentou o assunto.
Para garantir a segurança dos pagamentos, os consumidores precisarão cadastrar previamente suas chaves Pix na carteira digital ou diretamente nos sites das lojas e prestadores de serviços. Além disso, todas as transações exigirão autenticação obrigatória por meio de biometria, reconhecimento facial, senha ou chave de segurança, assegurando uma camada adicional de proteção contra fraudes.
Com essa atualização, o Pix segue ampliando sua versatilidade, consolidando-se como uma das principais formas de pagamento no Brasil e fortalecendo seu papel no cenário financeiro digital.