O atendimento a moradores de rua na Casa de Passagem deve ser retomado nos próximos dias. Em março, com a pandemia do Coronavírus a Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social (SEDES) modificou o acolhimento de pessoas em situação de rua, e o atendimento passou para o Centro de Acolhimento temporário no Ginásio Ivo Chies (Madecenter), no Ouro Verde.
Aproximadamente 88 usuários registrados na assistência social acessaram o serviço, pessoas em situação de rua, bem como as que estavam no município na condição de trecheiros. Os acolhidos receberam três refeições diárias (café da manhã, almoço e janta), além de lanches compostos por frutas. O espaço também conta com locais adequados para higiene, repouso e lazer.
Conforme a coordenadora de Proteção Social Especial, da SEDES, Simone Menegotto do público relacionado, 15 pessoas foram desligadas do serviço de acolhimento por não se adequarem as normas exigidas no que tange ao confinamento e isolamento social e a não adaptação às regras impostas; 26 pessoas retornaram ao município de origem, tendo sido beneficiadas pelo Poder Público Municipal com o benefício eventual de passagens intermunicipais; 09 pessoas optaram em sair do serviço não informando o destino; 11 usuários através do Auxílio Emergencial disponibilizado pelo Governo Federal locaram moradia, ou se deslocaram para fora do Estado; 22 destas tem histórico de permanência no município, algumas na condição de situação de rua, seja por vínculos familiares rompidos ou fragilizados, bem como comprometimentos de saúde física e mental.
Com o cenário atual, a SEDES, por meio da avaliação técnica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), através do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) estuda o retorno das atividades para sede da Casa de Passagem, no bairro Maria Goretti. "Atualmente 5 pessoas tem a necessidade de permanecer acolhidas, visto que dependem do funcionamento de outros serviços, que por conta da COVID-19 estão com atividades presencias suspensas, bem como por pertencerem ao grupo de risco em função da idade, sendo já possível retornar à Casa de Passagem", disse a coordenadora.
Para o secretário interino, Wagner Dalla Valle o centro temporário cumpriu o papel de oferecer um espaço com qualidade, e segurança para quem frequentou o serviço durante o período de isolamento social. "Este espaço atuou como forma de proteção aos usuários e a população bento-gonçalvense como um todo. Quem teve necessidade permaneceu no espaço com refeições, estas doadas por muitos setores da comunidade, e longe do Coronavírus. É importante ressaltar que o trabalho aconteceu de forma intersetorial, com o apoio das políticas públicas de saúde e segurança. A permanência no centro temporário propiciou maior contato entre o serviço público e a população de rua. Neste ambiente, os técnicos tiveram maior aproximação com resultados mais efetivos, sendo que em todo período de confinamento, nenhum dos usuários e monitores apresentaram sintomas da COVID-19. Desta forma, podemos iniciar o retorno gradual para as atividades na Casa de Passagem, mantendo todos os regramentos de higienização e preservação da saúde", destaca o secretário.
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