A morte do menino Rafael Winques, de apenas 11 anos, será reconstituída pela Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso quer concluir se a mãe da criança, Alexandra Dougokenski, agiu sozinha ou teve o auxílio de outra pessoa no crime. Ela confessou a morte do menino, mas alegou que a morte foi acidental e não intencional.
Alexandra prestou depoimento à polícia neste sábado, 30, dessa vez em uma delegacia de Porto Alegre (RS). Foram mais de 7 horas de depoimento. Segundo o delegado Eiberth Moreira Neto, responsável pelo caso, Alexandra manteve a sua versão, explicando que decidiu ocultar o cadáver de Rafael logo após verificar os seus sinais vitais e perceber que estava morto, principalmente pela presença do outro filho, um adolescente de 17 anos, dentro de casa. Quanto ao restante do depoimento, garantiu ser um interrogatório extenso, mas esclarecedor.
O delegado Eiberth confirmou que haverá a reconstituição do caso e que irá aguardar o retorno dos laudos periciais antes de solicitá-la. "É tanto intenção da investigação policial quanto da defesa. Mas precisamos concluir outras diligências para então fazer a reconstituição", resumiu o delegdo.
A defesa pediu que a mãe de Rafael fosse ouvida novamente e que a primeira confissão fosse anulada, porque ela não estava acompanhada de um advogado. O advogado Jean Severo voltou a sustentar que Alexandra não teve intenção de matar o filho e descartou a participação de outra pessoa no crime. "Ela respondeu a mais de 200 perguntas de três agentes policiais, não se furtou a nenhuma pergunta e demonstrou uma coerência corretíssima sobre os acontecimentos", garantiu o defensor.
Alexandra, de 32 anos, está presa preventivamente no Presídio Feminino de Guaíba, Região Metropolitana de Porto Alegre.
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