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Brasil já soma mais de 25 milhões de aposentados em 2025
Especialista explica os passos que os contribuintes podem seguir para verificar sua situação junto ao INSS e como solicitar o benefício
03/02/2025 14h35
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino

Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dos quase 41 milhões de benefícios pagos pelo órgão, cerca de 25,1 milhões são aposentadorias. Desse total, 12,1 milhões dos auxílios são para mulheres e 11,4 milhões para homens. Cerca de 1,6 mil beneficiários não declararam o gênero.

De acordo com o especialista em direito previdenciário Dr. André Beschizza, ferramentas digitais como o site e o aplicativo Meu INSS facilitaram o acesso à aposentadoria, oferecendo simulações e pedidos online. No entanto, o advogado avalia que a complexidade das regras, exigências de documentação, problemas com registros de contribuição e a dificuldade de alguns cidadãos com a tecnologia podem dificultar o processo para muitos segurados.

“Em algumas situações é necessário que o contribuinte se dirija a uma agência do INSS para realizar a solicitação, como dificuldades no uso do Meu INSS ou a falta de acesso à internet. Quando há a necessidade de realizar uma perícia médica presencial, o beneficiário também precisa comparecer ao órgão, assim como para apresentar documentos não aceitos pela plataforma online ou em situações específicas que o INSS solicitar mais informações pessoais”, explica.

A forma mais prática para uma pessoa saber se já atende aos requisitos para se aposentar é acessar o Meu INSS e verificar as informações cadastradas. A partir disso, é possível fazer a simulação de aposentadoria. “A ferramenta mostra o tempo de contribuição, idade e se o segurado já atende às regras para algum tipo de aposentadoria”, destaca.

O valor do benefício também pode ser simulado por meio da plataforma, que usa as contribuições registradas para calcular uma estimativa. “É importante verificar se todos os períodos de contribuição estão registrados corretamente no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), já que erros podem alterar o resultado”, acrescenta.

“Se o cálculo informado pelas ferramentas digitais não corresponderem com o tempo correto, recomenda-se consultar um especialista em benefícios do INSS para apoiá-lo, pois pode ocorrer que alguns períodos de contribuição não tenham sido informados ao INSS”, completa Beschizza.

O advogado explica que a aposentadoria pode ser requerida de três formas: por idade (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), por tempo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens), ou por invalidez, que é concedida a quem não pode mais trabalhar por incapacidade permanente, comprovada por perícia médica.

Embora a plataforma do INSS faça os cálculos de forma automática, o advogado explica que há a possibilidade de alguns períodos de contribuição não serem registrados no sistema. Neste caso, o segurado deve apresentar documentos que comprovem os períodos ausentes, como carteira de trabalho, carnês de pagamento, contratos de trabalho, certidões de tempo de serviço, declarações e comprovantes de pagamentos.

“Esses registros precisam ser corrigidos no CNIS antes de dar entrada no pedido de aposentadoria. Além disso, há fatores que podem causar o indeferimento do pedido, como a falta de tempo de contribuição ou idade mínima, falta de incapacidade laborativa, erros ou inconsistências no CNIS, ausência de documentos exigidos, divergências entre as informações fornecidas e as registradas no INSS e documentação incompleta ou inadequada”, esclarece Beschizza.

Dar entrada na aposentadoria exige organização, compreensão dos requisitos e uso eficiente das plataformas disponíveis. Para o advogado, se o contribuinte seguir os passos essenciais de forma correta as chances de ter o pedido aceito pelo órgão é garantido. No entanto, ressalta que com o auxílio de um especialista o processo pode ser mais rápido e evitar indeferimentos.

“Pedir aposentadoria sem ajuda é como tentar se medicar sozinho: você até pode tentar, mas corre o risco de errar no diagnóstico e piorar a situação. Assim como o médico garante o tratamento certo, um especialista em INSS organiza os documentos, corrige erros no sistema e escolhe o benefício mais vantajoso para você”, finaliza.

Para saber mais, basta acessar: https://andrebeschizza.com.br/dar-entrada-na-aposentadoria/