A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a possibilidade de que Deise Moura dos Anjos, presa pela morte de três familiares após o consumo de um bolo envenenado, tenha tentado envenenar também o marido, Diego dos Anjos, e o filho do casal, de 10 anos. A informação foi divulgada pelo colunista Humberto Trezzi, de GZH, e confirmada por três fontes distintas.
De acordo com a reportagem, resíduos de arsênico, um veneno altamente tóxico, foram detectados em amostras de urina coletadas de Diego e do filho. Esses exames foram realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e confirmados por um laboratório do Ministério da Agricultura.
As tentativas de envenenamento contra o marido e o filho teriam ocorrido antes do caso do bolo envenenado, que resultou na morte de três pessoas na antevéspera do Natal, em Torres, litoral norte gaúcho. Segundo a polícia, em outubro, Diego apresentou um quadro de intoxicação alimentar. Dois meses depois, pai e filho passaram mal após consumirem suco de manga preparado por Deise.
A descoberta reforça as suspeitas de que a mulher pode ser uma serial killer. Além das quatro mortes já atribuídas a ela — incluindo a do sogro, em setembro —, Deise pode responder por seis tentativas de homicídio.
A investigação agora analisa outros elementos que possam conectar a acusada aos crimes. Garrafas de água que Deise teria levado à sogra durante uma internação estão sendo periciadas para verificar se contêm resíduos de arsênico. O arsênico é o mesmo veneno detectado no bolo consumido pelas vítimas. O produto foi a chave para a prisão da suspeita.
A frieza e os métodos atribuídos a Deise levaram os investigadores a traçar um perfil que aponta para ações premeditadas. Caso os novos exames confirmem a contaminação intencional, as acusações contra ela podem se agravar.
As autoridades destacam que o caso ainda está em apuração, e novas informações devem ser divulgadas conforme os laudos forem concluídos. Deise permanece presa preventivamente enquanto a polícia aprofunda a investigação.