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Equipes do governo verificam situação de lavouras atingidas pela estiagem em Santa Rosa
Com menos de 20 centímetros de altura, os pés de soja da propriedade da família Magnus, na zona rural de Santa Rosa, enfrentam graves dificuldades ...
16/01/2025 19h12
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

Com menos de 20 centímetros de altura, os pés de soja da propriedade da família Magnus, na zona rural de Santa Rosa, enfrentam graves dificuldades no desenvolvimento. O déficit hídrico, acumulado ao longo dos últimos meses, prejudicou o crescimento das plantas, que deveriam ter mais de 60 centímetros nesta etapa, 50 dias após o plantio.

Nesta quinta-feira (16/1), o secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, acompanhado do presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul e Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar), Luciano Schwerz, e de equipe técnica, realizou visita às propriedades afetadas pela estiagem na região. O roteiro incluiu lavouras em situação crítica e a unidade da Agriplus, empresa que mantém um centro de pesquisa voltado ao estudo de cultivares em cenários de estresse hídrico.

A região Noroeste, uma das mais impactadas pela seca, foi escolhida como ponto de partida para ações e estratégias de enfrentamento à crise. “Estamos preparando um robusto programa de correção do solo. As visitas têm o objetivo de analisar as lavouras e ouvir os técnicos para desenvolver um planejamento técnico capaz de minimizar os impactos das intempéries”, explicou Covatti. Ele destacou ainda a importância de avaliar variáveis como a época do plantio para aprimorar as tecnologias empregadas no campo.

“Estamos preparando um robusto programa de correção do solo", anunciou o secretário Covatti -Foto: Júlia Soares/SDR

O presidente da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz, alertou sobre os cultivares mais vulneráveis neste momento. “Os plantios realizados no final de outubro e início de novembro, que já estão na fase de reprodução, são os que mais nos preocupam, devido à alta taxa de evapotranspiração, que pode chegar a 7 ou 8 milímetros por dia. Já os plantios feitos entre meados de novembro e dezembro, ainda em fase vegetativa, têm maior capacidade de recuperação com o retorno das chuvas, podendo alcançar produtividade próxima à média”, avaliou Schwerz.

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Na parte da tarde, Covatti coordenou uma reunião do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, no Escritório Regional da Emater/RS-Ascar em Santa Rosa. O Fórum, que articula políticas públicas e ações estratégicas, debateu medidas de curto, médio e longo prazo para mitigar os impactos da seca e garantir maior resiliência ao setor agrícola.

Texto: Guilherme Granez e Júlia Soares/Ascom SDR
Edição: Secom