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Alerta sobre colírios: nem tudo que lubrifica os olhos é seguro

Uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revela que 79% das pessoas acima de 16 anos consomem medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
15/01/2025 às 14h32 Atualizada em 15/01/2025 às 17h22
Alerta sobre colírios: nem tudo que lubrifica os olhos é seguro
voronaman111/Envato

Uma rotina comum ilustra o problema: após horas em frente a telas, alguém sente irritação nos olhos e busca alívio rápido em um colírio qualquer adquirido na farmácia. Embora essa solução pareça simples e inofensiva, o uso inadequado de colírios pode trazer riscos à saúde ocular, como destaca o Dr. Matheus Vilar, oftalmologista do Vilar Hospital de Olhos, hospital que integra a rede Vision One.

“O uso excessivo ou inadequado de colírios pode levar a complicações, como o efeito rebote. Certos produtos, especialmente os vasoconstritores [soluções oftalmológicas que contêm substâncias capazes de contrair os vasos sanguíneos da conjuntiva], causam vermelhidão persistente quando utilizados em excesso”, explica o médico. Além disso, conservantes presentes em muitas fórmulas podem irritar a superfície ocular e o alívio momentâneo proporcionado por esses produtos pode mascarar sintomas de condições mais graves, retardando o diagnóstico.

No Brasil, uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revela que 79% das pessoas acima de 16 anos consomem medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica. Essa prática, que inclui o uso de colírios, aumenta os riscos de complicações oculares. Segundo o Dr. Mateus, mesmo produtos aparentemente inofensivos, como lágrimas artificiais, podem apenas aliviar desconfortos temporários sem tratar causas subjacentes, como a disfunção das glândulas de Meibômio ou doenças autoimunes. Ele também destaca que colírios anestésicos, embora raramente vendidos sem receita, podem agravar lesões corneanas, quando usados de forma inadequada.

Apesar de serem vendidos sem receita, muitos colírios contêm ingredientes que podem ser prejudiciais em casos específicos, como olhos sensíveis ou condições pré-existentes, a exemplo do glaucoma. Por isso, a consulta com um médico é essencial. “Um oftalmologista pode identificar a origem do desconforto ocular, recomendar o tratamento mais adequado e prevenir complicações graves, como glaucoma, ceratite ou uveíte”, ressalta Dr. Mateus do Vilar Hospital de Olhos.

Para quem está sentindo desconforto ocular e cogita recorrer a um colírio sem prescrição, o Dr. Mateus enfatiza a importância de consultar um oftalmologista para identificar a verdadeira causa do problema. Ele também recomenda manter-se hidratado e adotar medidas como pausas no uso de telas para minimizar fatores ambientais que possam agravar a situação. 

Por isso, buscar ajuda médica o quanto antes é crucial para evitar complicações e obter um diagnóstico preciso. O cartão Visão Saúde apresenta uma solução para quem não possui convênios médicos, oferecendo consultas oftalmológicas a preços acessíveis em hospitais parceiros distribuídos pelo país.

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