Considerada a principal suspeita de causar o envenenamento de um bolo e provocar a morte de três pessoas e deixar outras duas hospitalizadas, Deise Moura dos Anjos vai continuar recolhida ao Presídio Estadual Feminino de Torres. Essa foi a decisão tomada em audiência de custódia realizada na segunda-feira, 6 de janeiro. A prisão temporária foi mantida e a acusada ficará presa por pelo menos 30 dias.
Deise dos Anjos tinha sido presa pela Polícia Civil no domingo, 5 de janeiro. Ela é acusada de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Agora a polícia corre contra o tempo para manter a principal suspeita do crime na prisão. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcus Vinícius Veloso, declarou que as provas contra a acusada são robustas, mas não detalhou o que seriam estas provas para não atrapalhar os trabalhos que ainda prosseguem.
Uma das questões seria em relação às informações encontradas no celular de Deise dos Anjos. De acordo com o Tribunal de Justiça do RS, Deise fez pesquisas na internet sobre arsênio antes do caso. Um relatório preliminar dos dados extraídos do telefone da suspeita mostra que houve "busca na internet, inclusive no Google shopping, pelo termo arsênio e similares".
Arsênio é um elemento químico liberado no ambiente de maneira natural ou pela ação do homem e componente usado na fabricação de alguns pesticidas. A exposição a arsênio pode causar intoxicação alimentar e reações similares a alergias, câncer em caso de exposição recorrente, e até morte.