Na manhã desta quarta-feira, 1º de janeiro de 2025, os novos vereadores serão empossados na Câmara Municipal de Bento Gonçalves. A solenidade está marcada para ocorrer a partir das 9h e deve marcar também a eleição de Anderson Zanella (Progressistas), como o novo presidente do Legislativo. Mesmo antes da posse, Zanella venceu a primeira queda de braço, que era dentro do próprio partido. Eduardo Viríssimo, vereador mais votado do pleito eleitoral, pleiteava a presidência da Câmara, mas foi convencido, mais uma vez, a abrir mão do cargo. Agora, naturalmente, Anderson Zanella tem maioria para ser eleito o novo presidente do Legislativo. Ele deve ter Thiago Fabris (PP) como seu vice, Letícia Bonassina (PL) e Sidnei da Silva (PSDB) como primeiro e segundo secretários, respectivamente. A escolha de Zanella para a presidência é estratégica e deve render bons frutos para os planos de governo para os próximos anos. Um dos desafios é a mudança no Plano Diretor, algo que Zanella defendeu como poucos nos últimos anos e é o homem de confiança e considerado o mais preparado da ala governista para que as mudanças sejam colocadas em prática.
Moisés Scussel pinta como o líder da oposição
Mesmo com a eleição de Anderson Zanella para a presidência da Câmara dada como certa, um vereador já vai chegar no Legislativo marcando posição. Ele é Moisés Scussel Neto (MDB), que deve colocar seu nome à disposição para concorrer à presidência. Mesmo sendo minoria, a oposição deve ter, pelo menos, 5 votos. Scussel dá, também, um passo importante para liderar um bloco de oposição. Sua experiência no Legislativo, ao lado do ex-prefeito Alcindo Gabrielli, serão fundamentais para que o trabalho se destaque. Vamos acompanhar os movimentos futuros em relação a isso.
Letícia Bonassina entre a cruz e a espada
A vereadora do PL, Letícia Bonassina, começa sua caminhada no Legislativo sob pressão. Em um acordo com Anderson Zanella, ela aceitou compor a Mesa Diretora da Câmara e será a 1ª secretária. Porém, o posicionamento do PL é para apoio à candidatura de Moisés Scussel (MDB). As atenções estarão voltadas para o voto da parlamentar, se votará em Zanella, devido ao acordo formado, ou votará em Scussel, seguindo a orientação partidária. Um voto em Zanella pode provocar dores de cabeça para a vereadora. Isso porque o partido pode alegar que houve infidelidade partidária por parte de Letícia, o que pode provocar, talvez, até um pedido de cassação do seu mandato. Veremos o que irá acontecer na sessão desta quarta-feira, 1º de janeiro.
Rafael Pasqualotto deixa a Câmara de Vereadores fazendo história
Esta terça-feira, 31 de dezembro, marcou a despedida do vereador Rafael Pasqualotto (PL) da Câmara de Vereadores. Mesmo com a derrota nas eleições deste ano (foi candidato a vice-prefeito na chapa com Paulo Caleffi), Pasqualotto deixa a vida pública fazendo história. Ele é o único político a ser presidente do Legislativo, após o pai (Clóris Pasqualotto) ter ocupado o mesmo cargo. Além disso, ele também foi o segundo vereador com o maior número de mandatos na presidência da Casa do Povo. Foram 3 biênios consecutivos, perdendo apenas para Valdecir Rubbo, que ficou presidindo a Câmara por 4 biênios. Pasqualotto garante que não irá se afastar da política e já se prepara para novos desafios. O que será que vem por aí? Só o tempo dirá.
A volta de Jocelito Toneitto
A nova legislatura da Câmara também deve marcar a volta de um velho conhecido do meio político. O ex-vereador Jocelito Tonietto (PSDB) não conseguiu sua eleição, mas deve assumir como o novo diretor da Câmara de Vereadores. Será uma forma do ex-parlamentar continuar na cena política. Sua nomeação deve acontecer nos próximos dias.