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Peixe-leão: mais de 140 peixes da espécie são capturados por mergulhadores

A ação quer evitar a disseminação da espécie num dos principais atrativos turísticos do litoral brasileiro.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
27/12/2024 às 20h14
Peixe-leão: mais de 140 peixes da espécie são capturados por mergulhadores

O peixe-leão é uma espécie invasora, nociva e venenosa que vem aterrorizando o litoral brasileiro. No domingo, 22 de dezembro, mergulhadores capturaram mais de 140 peixes-leão somente nas águas de Fernando de Noronha. A ação quer evitar a disseminação da espécie num dos principais atrativos turísticos do Brasil.

A ação de captura do peixe-leão foi feita por meio de uma iniciativa do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). A captura foi realizada por uma empresa de mergulho da ilha e faz parte do monitoramento do animal. Os mergulhos ocorreram em quatro pontos, sendo três no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e um na Área de Proteção Ambiental (APA). 

O peixe-leão (Pterois volitans) tem se tornado uma grande preocupação para o ecossistema marinho do litoral brasileiro. Originário do Indo-Pacífico, esse peixe exótico é conhecido por sua aparência imponente, com longas nadadeiras espinhosas e listras que lembram a juba de um leão. Apesar de sua beleza, ele representa um grave problema ambiental devido ao impacto que causa nas águas tropicais e subtropicais.

O peixe-leão é uma ameaça para crustáceos e corais do litoral brasileiro

 


Como o peixe-leão chegou ao Brasil?

O peixe-leão chegou ao Atlântico como uma espécie invasora, provavelmente através do comércio de aquários. Após serem soltos no oceano, seja acidentalmente ou de forma intencional, esses peixes começaram a se reproduzir rapidamente. Registros iniciais na costa dos Estados Unidos na década de 1980 mostraram sua capacidade de adaptação. Nos últimos anos, ele foi avistado em águas brasileiras, especialmente no litoral nordestino.


Por que o peixe-leão é tão nocivo para o litoral brasileiro?

A principal ameaça do peixe-leão está em sua voracidade e capacidade de reprodução. Ele consome uma ampla variedade de espécies marinhas, incluindo peixes jovens e crustáceos, o que desequilibra as cadeias alimentares locais. Além disso, ele não possui predadores naturais no Atlântico, permitindo que sua população cresça sem controle. O impacto disso é devastador para os recifes de coral, que já enfrentam desafios como o aquecimento global e a poluição.


Quais os impactos ecológicos e econômicos?

A presença do peixe-leão afeta não apenas o ecossistema, mas também as comunidades pesqueiras. Com a redução de espécies nativas, há uma queda na produtividade da pesca artesanal e comercial, prejudicando a economia local. Nos recifes, o desaparecimento de espécies de peixes herbívoros, por exemplo, pode levar à proliferação de algas, sufocando os corais e alterando drasticamente o equilíbrio do habitat.


O que está sendo feito para controlar o peixe-leão?

Para combater o avanço do peixe-leão, diversas iniciativas estão sendo realizadas. Uma das mais comuns é a captura manual, incentivada por competições de pesca e campanhas de conscientização. Além disso, chefs e ambientalistas promovem o consumo do peixe como uma forma de controle, destacando sua carne como saborosa e saudável. Ainda assim, o desafio é grande, pois a espécie se reproduz em alta velocidade e é difícil de erradicar completamente.


 

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