A hipótese de envenenamento das três pessoas que morreram e duas que estão hospitalizadas após comerem um bolo na cidade de Torres, que vinha sendo descartada pela Polícia Civil, voltou a ganhar força nesta sexta-feira, 27 de dezembro. Um exame feito nas vítimas que estão no hospital encontraram doses de arsênio no sangue delas. Apesar disso, o delegado que investiga o caso aguarda a chegada do resultado da perícia que fez a necropsia nas três mulheres que morreram após comer o alimento.
De acordo com as primeiras informações, exames feitos em Zeli Teresinha Silva dos Anjos, de 61 anos, mulher que fez o bolo, no menino de 10 anos e no pai dele, acusaram a presença de arsênio no sangue. Esse é um elemento químico usado para produzir um dos mais conhecidos venenos já produzidos pela humanidade, o arsênico. Também foi confirmada doses do veneno no corpo de Neuza Denize Silva dos Anjos, de 63 anos, que morreu na noite da terça-feira, 24, no hospital. Ainda não saíram os resultados da perícia nos corpos de Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 43 anos, filha de Neuza, e de Maida Berenice da Silva, de 58 anos, irmã de Neuza.
Agora a Polícia Civil tentará descobrir como o arsênico foi parar dentro do bolo e quem teria colocado o produto no alimento. Apesar dos indícios, os policiais acreditam que é preciso muito cuidado antes de afirmar que foi algo premeditado. O produto pode ter sido confundido com algum outro, na hora do preparo.
A maioria dos compostos inorgânicos e orgânicos de arsênico são pós brancos que não evaporam. Eles não têm odor e a maioria não tem nenhum sabor especial. Por esse motivo, geralmente não é possível saber se eles estão presentes nos alimentos, na água ou no ar.