A sexta entrega de casas temporárias para atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul ocorreu nesta terça-feira (17/12), no bairro Pereus, em São Jerônimo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O município recebeu 30 módulos habitacionais temporários, totalizando 242 entregues até agora. A entrega foi realizada pelo vice-governador Gabriel Souza e pelo titular da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Carlos Gomes. Operacionalizada pela Sehab, a ação possibilitou a desativação do último abrigo do município, além de oferecer mais conforto para que as famílias aguardem as casas definitivas.
O vice-governador falou sobre as etapas que precisam ser cumpridas para a construção de casas definitivas para as famílias atingidas pelas enchentes, tais como escolha do terreno, licenças ambientais, saneamento básico, fornecimento de energia elétrica e de água. Por isso, as casas temporárias são fundamentais para oferecer estrutura adequada para um acolhimento individualizado de forma mais ágil. “A palavra de ordem aqui é dignidade. Quando ocorreu mais essa enchente, o governador Eduardo Leite me disse que tínhamos que dar mais dignidade às pessoas que perderam suas casas. E as residências temporárias, entregues hoje, cumprem exatamente esse papel. São uma alternativa provisória, mas um grande avanço antes de conseguirmos entregar as casas definitivas”, explicou Gabriel.
As moradias temporárias integram o programa A Casa é Sua – Calamidade, que tem o objetivo de promover a política habitacional de emergência atuando em três frentes: casas temporárias, que são ocupadas pelas famílias enquanto aguardam as casas definitivas; casas definitivas; e doação de casas por empresas parceiras.
Carlos Gomes destacou o empenho e a orientação do governador Eduardo Leite para que, no menor tempo possível, mais famílias atingidas pelos eventos de maio sejam atendidas com locais dignos de moradia. “Esse modelo foi escolhido pela alta qualidade que possuem. Estamos aqui para demonstrar nossa capacidade de dar a volta por cima e mostrar que nenhuma dificuldade é tão grande que não possa ser superada pelo trabalho de todos nós juntos. O governo do Estado esteve ao lado das famílias no resgate, no abrigamento e segue agora na etapa do recomeço. Vocês nunca estiveram e nunca estarão sozinhos”, disse o titular da Sehab.
O prefeito de São Jerônimo, Evandro Agir Heberle, parabenizou o governo do Estado pela forma como vem atuando na reconstrução do Rio Grande do Sul após os eventos meteorológicos de maio. “Essa é uma pequena parte de tudo o que o governador Eduardo Leite tem feito para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Estamos em um dos primeiros grandes passos na reconstrução habitacional do nosso município. Hoje é um dia muito feliz para mim, porque estamos proporcionando um Natal melhor a todas essas famílias”, afirmou.
Pela proximidade das festividades natalinas, todas as crianças das famílias que habitarão os módulos receberam brinquedos doados pelo projeto Mulheres e Crianças de Canoas.
As ações fazem parte do Plano Rio Grande , programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. A medida integra também o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis), como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres.
Já foram entregues moradias temporárias em Encantado (30), Cruzeiro do Sul (28), Estrela (86), Triunfo (48) e Rio Pardo (20). As próximas entregas devem ser realizadas Arroio do Meio (40) e novamente em Cruzeiro do Sul (35) e Encantado (50), municípios que viabilizaram novos locais para a instalação dos módulos.
Ao todo, serão 500 casas desse modelo, com um investimento de R$ 66,7 milhões do Estado. O Executivo estadual também está investindo R$ 58,7 milhões na construção de 422 casas definitivas em 11 municípios.
Sobre os módulos
O método de construção temporária é de fácil transporte e instalação. As casas chegam prontas da fábrica ao local onde serão colocadas. A inserção no terreno requer apenas a colocação de algumas sapatas de nivelamento (um tipo de fundação) e a execução de conexões das redes de água, esgoto e energia elétrica – de responsabilidade da prefeitura. Por dispensar a construção no local, os módulos são ambientalmente sustentáveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam uma economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais.
Além disso, os módulos ficam incorporados ao acervo do Estado e poderão ser reutilizados por várias vezes em outras situações em que se fizerem necessários, depois que as famílias já tiverem sido transferidas para moradias definitivas. Cada unidade possui 27m² e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuírem mobiliário sob medida e eletrodomésticos de linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Texto: Nathalie Sulzbach/Ascom Sehab e Daiane Rodrigue/Ascom GVG
Edição: Camila Cargnelutti/Secom