O incentivo à cultura da integridade e o combate à corrupção foram destaque, na segunda-feira (9/12), na entrega dos prêmios da segunda edição do Concurso de Manifestações Artísticas sobre Integridade do Projeto Escola Íntegra. Foram apresentados os vencedores de escolas estaduaisde Ensino Médio de Porto Alegre, que desenvolveram seus trabalhos com orientação dos professores.Os prêmios contemplaram dez trabalhos de alunos, dois de professoras e dois de escolas, entre os 74 estabelecimentos de ensino que participam da iniciativa, somando 27 mil alunos impactados. A criatividade dos participantes envolveu escrita, desenho, artes com técnicas variadas, vídeos e jogos eletrônicos.
A cerimônia de premiação fez parte da programação do seminário em celebração ao Dia Internacional Contra a Corrupção, promovido pela Rede de Controle da Gestão Pública (Rede RS) e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, abriu o seminário, que reuniu autoridades dos três poderes do Estado.
Neste ano, 400 manifestações artísticas foram inscritas.Entre as novidades da edição está o valor total das premiações, que chegou a R$ 40 mil. Na edição de 2023, a soma dos prêmios foi R$ 10 mil. Também houve inclusão de professores, padrinhos ou madrinhas entre os contemplados, além dos alunos e das escolas. Desta vez, os prêmios foram destinados para os três anos que compõem o Ensino Médio.
A cerimônia de premiação, realizada no MPRS, começou com o agradecimento aos parceiros da iniciativa: a Secretaria da Educação (Seduc), representada pela subsecretária-adjunta de Planejamento e Gestão Organizacional, Daniele Gonçalves; e a Rede RS, presidida pelo promotor de justiça Tiago Conceição.
Oauditor da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e coordenador do Escola Íntegra, Álvaro Santos, destacou que na primeira edição foi percebido que o grande agente de mudança do projeto é o professor. Por isso eles também foram premiados neste ano. “Foram 45 professores parceiros, padrinhos que auxiliaram os alunos a realizarem suas manifestações artísticas. Os trabalhos tiveram mais pertinência com o tema, e os alunos, cada vez mais, têm internalizado a ideia da integridade”, observou.
“Queremos que esse processo continue, para que quebremos esse estigma de país corrupto”, disse a professora do Colégio Tiradentes, Liziane Bacchi, ao agradecer os alunos que a nomearam madrinha. A professora Sirlei Henrique, da Escola Padre Réus, agradeceu ao projeto, à escola e às colegas presentes: “Quando forem na nossa escola, verão muita arte. Quero agradecer à direção da escola, que nos apoia muito, mas principalmente aos alunos, que se inscreveram e participaram do projeto”.
O auditor Flavio Longhi, que percorre as turmas para apresentar o projeto e que coordenou a cerimônia destacou que os problemas enfrentados pelo Estado com as enchentes de maio impactaram escolas e, particularmente, alunos, mas o conjunto de problemas refletiu em trabalhos mais sensíveis. “Esse conjunto de problemas mexeu com a sensibilidade dos alunos. São trabalhos lindos. A internalização dos valores e do conceito de integridade também se aprofundou, já que eles estavam mais sensíveis aos debates sobre o assunto”, afirmou.
Projeto Escola Íntegra
É uma iniciativa da Cage, principal órgão de controle interno do Rio Grande do Sul, em parceria com a Seduc, que busca levar a cultura da integridade para além das fronteiras institucionais do Estado. Em um primeiro momento, as escolas de Ensino Médio de Porto Alegre são o público prioritário, mas o aumento no índice de conhecimento sobre integridade e prevenção à corrupçãoé esperado entre os estudantes e na própria comunidade.
Premiação
Neste ano, os trabalhos incluíram redação, poesia, desenho, música, curta metragem e vídeo. A premiação foi distribuída da seguinte forma: R$ 3 mil para os alunos primeiros colocados de cada ano, R$ 2 mil para os segundos colocados e R$ 1 mil para os terceiros colocados. Os alunos autores das manifestações artísticas que não ganharem premiação por colocação participaram de um sorteio e concorreram ao prêmio de R$ 1 mil.
As duas escolas estaduais de Ensino Médio com o maior número de alunos que enviaram manifestações, proporcionalmente ao número de alunos matriculados, receberam um prêmio de R$ 5 mil cada uma. Já os professores madrinhas ou padrinhos que receberam o maior número de indicações dos alunos também foram premiados, com R$ 6 mil para o primeiro lugar e R$ 5 mil para o segundo.
Os recursos da premiação para as escolas acabam sendo utilizados em melhorias nos próprios estabelecimentos. Na Escola Estadual de Ensino Médio Padre Réus, por exemplo, vencedora do ano passado e deste ano, os R$ 5 mil da premiação foram aplicados na reforma da biblioteca.
Lista de premiados
Alunos do 1º ano
Alunos do 2º ano
Alunos do 3º ano
Aluno vencedor por sorteio
Professoras
Escolas
Texto: Amílcar Oliveira da Rosa/Ascom Sefaz
Edição: Secom