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Segurança da Informação tem impactado o sistema bancário
Instituições financeiras reforçam investimentos e medidas, como as novas regras do Pix ou o acordo em conjunto com o STF dedicado à prevenção e com...
03/12/2024 13h20
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino

No dia 30 de novembro, o mundo celebrou o Dia Internacional da Segurança da Informação, uma data que reforça a importância de proteger dados e sistemas digitais. No Brasil, as instituições financeiras estão adotando diversas medidas para fortalecer a segurança e proteger seus clientes contra fraudes cibernéticas. 

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor investe cerca de 10% do orçamento de tecnologia em segurança, o que representa aproximadamente R$ 3,5 bilhões por ano. Mas este valor deve alcançar cerca de R$ 4,5 bilhões, em 2024. Além disso, a identificação biométrica, como impressões digitais e reconhecimento facial, está se tornando cada vez mais comum para validar identidades e proteger dados. 

Dado que o Brasil foi o sétimo país com mais ciberataques em 2017, a necessidade de investimentos contínuos em segurança cibernética por parte dos bancos torna-se ainda mais premente. Das instituições financeiras, os  72% dos Chief Risk Officers (CROs) globais veem a segurança cibernética como o principal risco para o ano que vem. Em segundo lugar, está o risco de crédito, com 59%. Os números são do estudo realizado pela consultoria EY e pela IIF, envolvendo 88 bancos em 30 países.

Com o objetivo de melhorar o cenário de segurança digital nas instituições financeiras no Brasil, o Ministério da Justiça e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) assinaram no mês de agosto uma parceria estratégica para combater golpes financeiros na internet: a Estratégia Nacional de Segurança Financeira. O acordo, assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, prevê a criação de uma força-tarefa dedicada à prevenção e combate a fraudes e crimes virtuais. 

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Outra medida adicional de segurança digital para garantir a integridade das transações foi a adoção das Novas Regras do Pix, que visam fortalecer a proteção contra fraudes. Isso inclui a atualização de sistemas e a implementação de novas tecnologias para cumprir com os requisitos do Banco Central. Além disso, as instituições devem investir em treinamento de funcionários e na conscientização dos clientes sobre práticas seguras de pagamento.

Segurança da Informação e impactos jurídicos

A segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas também uma questão de conformidade legal. Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, as empresas precisam adotar medidas rigorosas para proteger os dados pessoais de seus clientes. 

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Neste Dia Internacional da Segurança da Informação, Felipe Reis, ressalta que é essencial refletir sobre a evolução contínua do sistema de segurança dos bancos e os impactos positivos dessa evolução na redução de ações na justiça.

“O melhor caminho é prevenir. Em tempos de insegurança digital, investir nesse setor garante tranquilidade e segurança tanto para o cliente quanto para o banco”, explica Reis. 

A evolução do sistema de segurança dos bancos tem gerado diversos benefícios, levando, consequentemente, a uma diminuição no número de ações judiciais relacionadas a fraudes financeiras e violações de dados, resultando em uma maior satisfação e lealdade dos consumidores.

Com menos recursos alocados para lidar com litígios, as instituições podem focar mais em inovações e melhorias contínuas em seus serviços. Isso contribui para um ambiente mais estável e previsível, beneficiando tanto os bancos quanto seus clientes.

“No Dia Internacional da Segurança da Informação, é fundamental reconhecer esses avanços e continuar a investir em tecnologias que protejam os dados e a privacidade dos clientes”, conclui Felipe Reis.