O Dia Internacional do Cão-Guia O labrador é a raça mais comum, mas outras também podem atuar nessa função, desde que sejam de médio a grande porte caso do pastor-alemão, poodle standard ou golden retriever. O responsável pelo Canil Don Odé Centro Adestramento de Cães, Carlos Capilar orienta sobre os critérios para preparar o Cão-Guia e os cuidados que devemos ter. Em seu canil é feito uma rigorosa seleção, seguindo critérios genéticos e comportamentais. Essa fase é caracterizada pela observação dos filhotes até a oitava semana de vida a fim de identificar os animais com boa saúde, bom temperamento.
De uma maneira geral macho ou fêmea, o animal inicia o treinamento por volta dos 4 meses de vida. A primeira fase é a socialização com a família. Depois, com mais ou menos 1 ano e 3 meses, ele retorna e passa por um treinamento técnico, que dura oito meses. Com um pouco mais de 2 anos, já está apto a conduzir e ajudar uma pessoa com deficiência visual.
Carlos comenta que as pessoas naturalmente se aproximam, e se interessam ao ver um Cão-Guia nas ruas, mas ninguém deve afagar ou alimentar sem consultar previamente o dono. Tampouco distrair a atenção deles, o que pode provocar acidentes.
Algumas dicas importantes de como lidar com este animal de assistência:
Falar: Não devemos falar com um Cão-Guia ou tocá-lo. Ao desempenhar suas funções, ele está muito concentrado e tais atitudes podem distraí-lo.
Alimentar: Não é permitido alimentar um Cão-Guia, pois pode prejudicar o seu condicionamento e a sua concentração. Um Cão-Guia só se alimenta de ração.
Ignorar: Jamais esqueça que o Cão-Guia é um cão de assistência. Quanto mais ignorá-lo, melhor será para ele e seu dono. Lembre-se que não precisa temê-lo, pois o animal é treinado para ser incapaz de fazer mal sem motivo.
Atenção! Se estiver com seu cãozinho de estimação, controle-o para evitar acidentes quando passar ao lado do Cão-Guia e seu dono.
Interagir: Quando se dirigir a uma pessoa cega acompanhada de seu Cão-Guia, interaja diretamente com ela e não com o animal.
Aproximação: Se um cego com Cão-Guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito de maneira que o animal fique à esquerda.
Informação: Se um cego com Cão-Guia lhe pedir informações, dê coordenadas bem claras do sentido em que ele deve dobrar ou seguir para chegar ao local.
Toque: Jamais se antecipe e nem pegue o braço de um cego com Cão-Guia sem antes conversar e nem toque na guia.
Lugares: O Cão-Guia está acostumado a viajar em todos os meios de transporte e a entrar e permanecer em qualquer estabelecimento sem atrapalhar o funcionamento normal do mesmo, nem incomodar funcionários ou público.
Trabalho: No local de trabalho, o usuário do Cão-Guia tem capacidade para exercer suas funções com ele do lado. Devido ao treinamento, o animal não fica vagando pelo recinto e permanece aos pés do dono.
IMPORTANTE: O Cão-Guia tem o mesmo direito que o dono de gozar de livre acesso a todos os locais públicos.
Observando a necessidade de acesso a diferentes locais por esse companheiro das pessoas com deficiência visual, em junho de 2005 foi aprovada a Lei n° 11.126, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia. A referida Lei foi regulamentada pelo Decreto n° 5.904, de 21 de setembro de 2006.
Os chamados cães de assistência são os cães treinados para dar suporte às pessoas com deficiência. Além do cão-guia, há o cão ouvinte, para auxiliar pessoas com deficiência auditiva, os cães de serviço que auxiliam pessoas com deficiência física e outros que auxiliam pessoas idosas ou crianças.
foto istagram: https://www.instagram.com/canil_don_ode/?hl=pt-br
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