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Órgãos de adolescente que morreu com tiro na cabeça vão salvar 6 vidas

Captação dos rins, córneas e fígado de Felipe Vieira Bernardi, de 17 anos, foi realizada nesta segunda-feira, 25.

25/11/2024 às 17h13
Por: Marcelo Dargelio
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Órgãos de adolescente que morreu com tiro na cabeça vão salvar 6 vidas

Os órgãos do jovem Felipe Vieira Bernardi, de 17 anos, vão salvar pelo menos seis vidas graças a doação de órgãos. O adolescente teve a morte encefálica diagnosticada ainda na noite do sábado, 23 de novembro, no Hospital Tacchini, após ser atingido por um tiro na cabeça. Os familiares dele autorizaram a doação dos órgãos.

Graças ao gesto de empatia da família de Felipe Bernardi, foi possível fazer a captação de rins, córneas e fígado do adolescente. O procedimento, ocorreu nesta segunda-feira, 25, no Centro Cirúrgico do Hospital Tacchini. Os órgãos foram doados para 6 pacientes compatíveis e cadastrados por ordem de prioridade na Central de Transplantes do Estado. “Não foram encontrados, em âmbito nacional, receptores compatíveis para o transplante de coração e pulmões do doador, que possui o tipo sanguíneo AB positivo senão eles também poderiam ter sido doados”,  destacou a enfermeira responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini, Ana Turmina.

A captação foi realizada a partir de uma parceria entre profissionais do hospital bento-gonçalvense e equipes de médicos cirurgiões e enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital de Clínicas, de Porto Alegre. Após a captação, a equipe multiprofissional retornou para a capital do Estado, onde os pacientes que receberam os órgãos esperavam pelo transplante.

Apesar de ser um momento doloroso para familiares e amigos do doador, a captação múltipla de órgãos é uma oportunidade de salvar até 8 vidas. O primeiro passo para viabilizar qualquer doação é a confirmação de morte encefálica do paciente. Ela é realizada por meio de dois exames clínicos e um exame de imagem, efetuado em intervalos de tempo diferentes. Após isso, é preciso buscar a aprovação da família para o procedimento. A permissão dos familiares dá início a uma corrida contra o tempo para encontrar doadores compatíveis a partir da Central de Transplantes do Estado. A partir dessas definições é que inicia a mobilização dos profissionais de saúde que vão realizar a captação.

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