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Carlos Moraes, sobre acordo da redução salarial: “Foi uma recíproca para com o clube”

Jogadores, comissão técnica e direção entraram em um acordo para a redução de 70% da folha salarial. Além disso, a decisão pelo retorno aos treinamentos também contou com um consenso por parte dos atletas.

20/04/2020 às 01h44 Atualizada em 07/05/2020 às 15h10
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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Kévin Sganzerla
Kévin Sganzerla

Os jogadores e a comissão técnica do Clube Esportivo concretizaram, na semana passada, os novos contratos que preveem a redução de 70% na folha salarial do Clube Esportivo. De acordo com o meia Diogo, houve um consenso no grupo de atletas entendendo a situação atual do clube em meio à pandemia do novo coronavírus. Para o técnico Carlos Moraes, a decisão partiu de uma recíproca em relação ao que o Esportivo fez até então na atual temporada. 

Segundo o meia Diogo Barcelos, foi realizada uma videoconferência com a participação de praticamente todo o elenco para debater a proposta da redução por parte do clube. “Quando o presidente fez a proposta e entrou em contato com algumas lideranças do grupo, e passou a situação, marcamos essa reunião. Foi nos passado a proposta que foi feita, a redução de 70% do salário. Claro que dentro de um grupo teve algumas opiniões, mas foi aceito. Nós conversamos, cada um expôs a sua opinião, mas todo mundo chegou a um acordo entendendo a situação e o momento do clube”, explica. 

Para o treinador Carlos Moraes, a aceitação partiu, sobretudo, pela recíproca. “O clube, dentro do possível, desde que iniciou os trabalhos em novembro, sempre honrou os seus compromissos, se mostrou um clube muito sério, muito respeitado no que diz respeito não só nas questões financeiras, mas no acolhimento dos atletas e comissão técnica. Eu sou suspeito, pois estou aqui desde o ano passado”, comenta o técnico. 

O consenso dos atletas e da comissão técnica em aprovar a redução surpreendeu a diretoria do Clube Esportivo. O treinador afirmou que, quase por unanimidade, o grupo se sensibilizou com o momento e se colocou à disposição ao clube, contribuindo sensivelmente com a aceitação da redução salarial. “Sabemos da situação financeira do clube, que não estavam preparados para seguir a competição nos meses de abril e maio, que acreditamos que volte a ser disputado. Então acho que foi uma recíproca dos jogadores e comissão técnica para com o clube em relação ao que o clube fez durante toda a temporada”, ressalta. 

Retorno às atividades também contou com o consenso dos atletas

De acordo com o lateral-direito do Esportivo, Igor Bosel, também houve um consenso por parte dos atletas em retornar aos treinamentos na última quinta-feira, dia 16. O clube colocou em pauta a possibilidade em retornar às atividades na semana passada e, quase que por unanimidade, os atletas aprovaram a retomada. 


Com os devidos cuidados e restrições impostas pelo decreto seguidas pelo clube, o Esportivo voltou aos treinamentos, gerando uma série de debates no país. “Houve uma videoconferência entre nós jogadores antes de tomarmos a decisão de voltar. Teve um ou dois que ficaram meio assim, mas é complicado. Temos família e precisamos trabalhar, precisamos de dinheiro. Claro que é um momento complicado, mas sabemos dos cuidados que temos que ter”, explica o lateral. 

O goleiro reserva do Esportivo, Bruno Quadros, ressalta que não houve retaliação por parte da diretoria em obrigar os atletas a retornar aos trabalhos em campo. “Se alguém não concordasse em treinar, sim, poderia ficar em casa se quisesse”, afirma. 

O presidente do Clube Esportivo, Laudir Piccoli, afirmou que não era desejo do clube em fazer um alvoroço com o retorno às atividades. “Somos gestores e, como um gestor, ele se prepara para aquilo que não tem certeza que vai acontecer. Fizemos uma análise de que estávamos preparados para voltar as quatro linhas para disputar um possível retorno do Gauchão. Foi desta forma que interpretamos. Não temos a certeza. É pela intuição e vontade para que as coisas se solucionem. Estamos preparados tanto para um retorno do Gauchão como para um não retorno”, explicou o presidente em entrevista para a Rádio Tupanci, de Pelotas. 

Volante Washington não renova com o Esportivo

A única baixa sofrida neste período da pandemia foi a do volante Washington. O atleta já havia informado à direção, ainda no mês de março, que não iria renovar o seu vínculo com o alviazul. A saída do jogador ocorreu, portanto, antes mesmo da negociação que reduziu a folha salarial do clube em 70%. O Pelotas estaria interessado no atleta para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. 

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