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Bento Gonçalves é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira

Grupo criminoso atuava na cidade e em outros oito municípios prometendo altos rendimentos para interessados em aplicar o seu dinheiro e depois sumiam com os valores.

07/11/2024 às 08h19 Atualizada em 07/11/2024 às 11h42
Por: Marcelo Dargelio
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Bento Gonçalves é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira

Bento Gonçalves foi uma das nove cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina que foram alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira, 7 de novembro. Trata-se da Operação Deadcoin, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro oriundo da prática de estelionato contra milhares de pessoas.

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos em Bento Gonçalves dois mandados de busca e apreensão na casa de suspeitos de envolvimento com o crime. Também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Caxias do Sul, 3 em Portão, 1 em Três Coroas, 1 em Sapiranga, 1 em Joinville, 3 em São Miguel do Oeste, 2 em Chapecó e 2 em Jaraguá do Sul. Um dos investigados, morador de Caxias do Sul, foi encaminhado para uso de tornozeleira eletrônica e outro, na mesma cidade, teve o passaporte retido pelos policiais federais. 

Segundo a PF, a organização criminosa atuava oferecendo investimentos com rendimentos irreais, muito acima do mercado, sobre o capital depositado. Inicialmente, as vítimas do esquema recebiam um suposto lucro, que servia para ganhar a confiança delas. Após realizarem depósitos ainda maiores, elas não recebiam mais nenhum retorno e não conseguiam reaver o dinheiro inicialmente depositado, que era bloqueado sem nenhuma justificativa.

A PF descobriu ainda que o grupo criminoso iniciou uma complexa engenharia para evasão de divisas para paraísos fiscais, lavagem de dinheiro, compra de automóveis e imóveis de luxo no exterior, entre outras práticas ilícitas. Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

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