Bento Gonçalves foi uma das quatro cidades mais atingidas por deslizamentos no Rio Grande do Sul durante os eventos climáticos ocorridos nos meses de abril e maio no Estado. Os dados são de um estudo feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho foi realizado por professores, estudantes, técnicos e colaboradores externosno mês de agosto e divulgado nesta semana.
De acordo com o levantamento, a análise da universidade foi feita baseada em imagens de satélite. Foram mapeados cerca de 18 mil quilômetros quadrados, identificando 15.376 cicatrizes de movimentos de massa e 16.862 pontos de ruptura no solo, resultantes do acúmulo de chuva. Bento Gonçalves foi a segunda cidade do Estado com maior área do terreno atingida por deslizamentos mapeados. A Capital do Vinho foi a quarta cidade com maior quantidade de trechos com cicatrizes de movimento de massas, ou seja, marcas de deslizamentos após a chuva que atingiu a Serra Gaúcha entre o fim de abril e início de maio. Foram 516 marcas em mata nativa deixadas por desmoronamentos.
O estudo apontou também que os deslizamentos de terra, ocorridos principalmente na Serra Gaúcha, foram o maior movimento já registrado no Brasil. O levantamento ainda indica medidas de adaptação que podem ser adotadas pelos municípios atingidos. Entre as ações estão contenção e drenagem em lavouras; zoneamento das áreas de maior risco; adoção de medidas de uso restrito do solo; proteção ambiental; formação local sobre risco geológico e adaptações; e aperfeiçoamento de sistemas de alertas.
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