Geral Opinião
A vida de um cão nas ruas de Bento Gonçalves
O colunista Orides Rodrigues da Silva faz sua estreia no NB Notícias destacando a dificuldade no atendimento à causa animal na Capital do Vinho.
04/11/2024 09h53
Por: Marcelo Dargelio

Caso alguém segure no teu braço e tu tentes escapar, a tendencia da pessoa que está te segurando é forçar a pegada. Caso esse alguém seja um cachorro, que usa a boca como mão, essa “forçada” se transforma numa mordida, essa mordida pode causar estragos, se for no braço ou perna de uma criança o risco se torna ainda maior. Pois bem…

Não é incomum vermos cães e cachorros soltos pelas ruas, assim como não é incomum vermos pedágios de ONG arrecadando fundos para a causa animal. Dia desses apareceu um, creio eu ser um cachorro, porte médio, com aparente “cruza” com pitbull na frente de uma escola em um bairro periférico. Assim começou a novela… Ligações para todos os possíveis e imagináveis responsáveis pela causa, a fim de evitar danos maiores, como um ataque do “pet” a alguma criança desprevenida. Um não pode, outro não dá, o responsável é fulano, ciclano não pode fazer nada…

Resumo do conto que não é de fadas: Já passou do tempo, é preciso urgentemente que algum órgão do município tome a frente nesses casos e resolva a questão. Ahhh! Mas vocês ligaram e disseram que havia um cachorro solto na rua, não podemos fazer nada… Se ele tivesse atacado alguém, ou tivesse sido atropelado, ou sofrendo maus-tratos… Iríamos agir, mas ele está apenas solto na rua.

Então!!! Precisamos que uma tragédia aconteça para que se tome as devidas ações?!?!? Onde está a prevenção????
Não basta deixar o tapete vermelho estendido nas áreas turísticas e o restante da cidade abandonada. Sem os moradores dos bairros periféricos a economia da cidade não anda, sem mão de obra barata não há ostentação de riqueza.

Continua após a publicidade

Precisamos de alguém que tenha um olhar mais atencioso às mazelas dos bairros periféricos da nossa Bento Gonçalves querida, bordada de parreirais...