Foi solto do presídio na noite desta quinta-feira, 31 de outubro, o médico João Batista do Couto Neto. Ele estava preso desde o dia 10 de setembro, acusado de descumprimento de medidas cautelares. O profissional é acusado de causar a morte de pelo menos 42 pacientes.
A decisão de soltura do médico foi da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Os magistrados reconheceram que Couto Neto não havia descumprido as medidas e deferiram o habeas corpus para ele. O cirurgião é suspeito de causar a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114, e foi indiciado em ao menos três inquéritos por homicídio doloso (quando há intenção de matar) em três inquéritos pela Polícia Civil em Novo Hamburgo. O caso foi revelado em dezembro de 2022.
De acordo com o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, delegado Tarcísio Kaltbach, os três primeiros indiciamentos são decorrentes de apurações envolvendo a morte de dois homens e de uma mulher. Ainda de acordo com o delegado, a finalização de novos inquéritos contra Couto depende de laudos a serem enviados pelo Departamento Médico Legal (DML) de Porto Alegre.
O médico João Batista do Couto Neto está com o registro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) suspenso por ordem judicial e não pode realizar cirurgias, nem atender. Em dezembro do ano passado, ele chegou a ser preso no interior de São Paulo, enquanto atendia em um hospital após obter registro no Conselho Regional de Medicina de São Paulo, mas conseguiu liberdade provisória dias depois.