Enquanto que o futebol está paralisado devido à pandemia do novo coronavírus, que fez com que o Gauchão 2020 fosse suspenso por tempo indeterminado, os atletas do Esportivo tentam manter a rotina de treinos, mesmo que em casa. No improviso, seja no quintal ou na sala, com equipamentos ou não, os jogadores seguem trabalhando para não comprometer o condicionamento físico alcançado até então, com a expectativa que a competição estadual seja retomada em breve.
Se não há equipamentos, há laranjas!
O lateral direito do Esportivo, Vinícius Bovi, encontrou uma alternativa inusitada para seguir treinando neste período de confinamento. No quintal e com as laranjas (as transformando em cones) da propriedade do seu sogro, em Veranópolis, o atleta conseguiu adaptar o cenário para a sua rotina de treinamentos (foto capa). “A ideia em utilizar as laranjas foi minha. O sogro avisou apenas para não pisar em cima, pois depois as usaria para comer. Estou treinando cinco vezes na semana. Os treinos mesclam corridas, força, braço, perna, abdômen e mobilidade”, explica Bovi, que pratica os exercícios ao lado de sua esposa.
Mesmo com a incerteza do retorno do Gauchão 2020, Bovi salienta que é necessário manter o condicionamento físico para que, caso a competição seja retomada, já esteja preparado para a carga de treinamentos dentro de campo. “Nós jogadores não podemos ficar parados nesse momento difícil de pandemia. Mesmo dentro de casa, temos que continuar treinando e, assim que o Gauchão for retomado, não perder toda preparação física que foi adquirida até então”, comenta.
Somos atletas, nosso material de trabalho é nosso corpo”, explica o atacante Gustavo Sapeka
Assim como o lateral do Esportivo, o atacante Gustavo Sapeka também busca, no improviso e no aconchego de casa, manter uma rotina de treinamentos. Com alguns equipamentos auxiliares e seguindo recomendações do preparador físico Gustavo Corrêa, o atleta alviazul segue trabalhando forte visando o retorno do Gauchão.
Com a sua rotina modificada devido à pandemia, Sapeka ressalta a importância de manter o condicionamento físico para caso o estadual volte em breve. “Os treinos mudaram um pouco da rotina diária que tínhamos dentro do clube, mas tentamos sempre manter o corpo ativo e fazendo alguns exercícios específicos para manter o condicionamento em meio esse confinamento. Precisamos ajustar os treinos e o local para conseguir fazer alguma coisa legal. Comprei algumas coisas para auxiliar nos treinos, e assim a gente consegue adaptar e fazer os exercícios”, explica o atacante.
De acordo com o atleta, o preparador físico do Esportivo, Gustavo Corrêa, preparou uma planilha para auxiliar os atletas nos treinos durante o período de confinamento. “Não temos a certeza da retomada do Gauchão. Somos atletas, nosso material de trabalho é o nosso corpo e se cuidar é bom, pois voltando estamos perto de atingir o objetivo principal colocar o clube em um patamar nacional. Portanto, estar preparado para isso é essencial”, comenta.
Sem previsão de retorno aos gramados, Juninho Tardelli observa evolução em sua recuperação
O meia Juninho Tardelli que, mesmo atuando em duas partidas apenas, anotou dois gols no Gauchão, segue se recuperando de lesão. O atleta fraturou a fíbula da perna direita diante do Aimoré, na 2ª rodada da competição estadual. Sem prazo para retornar aos gramados, Juninho Tardelli afirma observar uma evolução, mesmo que pequena, na sua recuperação.
O jogador já tirou as muletas e segue trabalhando intensivamente, ao lado do seu fisioterapeuta, para recuperar os músculos da perna. “Tenho um fisioterapeuta e estamos treinando domingo a domingo. Como perdi massa muscular agora estou recuperando, ele vem fazendo trabalhos para recuperar a mobilidade do meu tornozelo, que ainda está bastante travada”, comenta.
Apesar do processo lento, Juninho se diz feliz por voltar a fazer atividades físicas depois de praticamente três meses parado. “Estou feliz por estar fazendo exercícios. Só de estar vendo, mesmo que pequena, uma evolução, já vendo aparecer um pouco do músculo da minha perna, da minha panturrilha, que eu tinha perdido, já é muito gratificante. O processo é lento, mas faz parte. A cada dia que passa eu vejo melhora nos exercícios, nas forças, e é recuperar isso”, ressalta.
Apesar de demonstrar significativa melhora nos exames, o meia ainda não pode correr. Apesar da paralisação do Gauchão e de uma possível retomada da competição estadual, o retorno do jogador aos gramados com a camisa alviazul depende da evolução na recuperação do atleta.
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