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Festival Cinema Negro em Ação anuncia vencedores do troféu Odilon Lopez

O Festival Cinema Negro em Ação divulgou, na noite de domingo (20/10), os premiados de sua quinta edição. O evento foi realizado pela Secretaria da...

21/10/2024 às 21h25
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS
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Premiados, curadores e equipe do Festival Cinema Negro em Ação -Foto: Studio Feijão & Lentilha
Premiados, curadores e equipe do Festival Cinema Negro em Ação -Foto: Studio Feijão & Lentilha

O Festival Cinema Negro em Ação divulgou, na noite de domingo (20/10), os premiados de sua quinta edição. O evento foi realizado pela Secretaria da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), na Casa de Cultura Mario Quintana, no centro de Porto Alegre, de 17 a 20 de outubro, o evento trouxe à capital gaúcha filmes, laboratório de consultoria e homenagens a cineastas negros, além das mostras Especial e Competitiva. O evento ocupou .

A Mostra Competitiva foi composta de quatro categorias: videoclipes, videoartes, curtas e longas. Toda a programação de filmes concorrentes estará disponível na plataforma Todes Play até quarta-feira (23/10). Foram exibidos, com sessões esgotadas, quatro longas, 12 curtas, oito videoclipes e quatro videoartes. Todas as atividades do festival foram gratuitas e abertas ao público em geral.

O filme paulistaMenina Mulher de Pele Preta, de Renato de Lima e Bárbara Magalhanis, foi escolhido o melhor longa deste ano, além de ganhar no júri popular.Caluim(BA), de Marcos Alexandre,Descarrego(RJ), de Joana Claude, eFlor de Mururé(SP), de Marcos Corrêa e Priscila Cobra, foram escolhidos como melhor curta, melhor videoarte e melhor videoclipe, respectivamente. O curtaMaré Braba(CE), de Pâmela Peregrino, levou menção honrosa. Novidade nesta edição, o prêmio da crítica será anunciado na próxima semana.

Já na categoria Destaque RS, que premia profissionais gaúchos, o grande vencedor da noite foi o videoclipeArquétipo, de Cocoa Mami, Hustla, Leonardo Talayer e Rafaela Giacomelli, que levou as premiações de direção, intérprete, trilha sonora e direção de arte. Duas produções dirigidas por Luis Ferreirah foram agraciadas: a videoarteEstrutura Popular Brasileira, que ganhou roteiro e fotografia, eExú Tranca Rua e Seus Caminhos, premiado com desenho de som.

Para a diretora do Iecine, Sofia Ferreira, o Festival se empenha em trazer um recorte racial amplo e democrático da própria diversidade existente dentro do cinema de realizadores negros: "Essas obras retratam o desafio de avançarmos na compreensão da negritude diversa, abrindo-se à infinitude de formas de se representar a população negra, tanto quanto ela é rica, plural e diversa, Brasis afora”.

"Este ano, buscando representar simbolicamente a conquista e a importância de nossa primeira meia década, celebramos nosso querido Odilon Lopez, que agora dá nome à premiação do evento”, destacou Sofia. A partir desta edição, o troféu distribuído aos filmes e homenageados leva o nome do cineasta pioneiro, diretor do longaUm É Pouco, Dois É Bom, exibido na mostra especial. A grande homenageada deste ano foi a roteirista e diretora Renata Martins (Empoderadas).

As manhãs do evento foram ocupadas com o Sopapo LAB, laboratório inédito voltado a projetos de cineastas negros com consultoria do showrunner e roteirista Marton Olympio (Anderson Spider Silva). A atração de abertura, que lotou a Travessa dos Cataventos, foi o show do rapper Zudizilla, grande nome da cena musical gaúcha.

A secretária da Cultura, Beatriz Araujo, celebrou os cinco anos do festival e o caminho percorrido nessa meia década de história com olhar para o futuro: “O conceito desta edição, Espiral do Amanhã, reflete a resiliência que nos é característica e reforça a importância do fomento à produção cinematográfica negra nesse processo de reconstrução pelo qual o Rio Grande do Sul está passando. A lotação das salas de cinema e a energia pulsante de toda a programação formativa são exemplos do impacto positivo deste evento multidisciplinar".

"É emocionante observar o quanto o festival se consolidou como um espaço indispensável para a diversidade artística do nosso Estado. Por meio do festival, o governo do Estado reafirma seu compromisso com a pluralidade e com a criação de espaços que dão voz e visibilidade aos talentos criativos do Rio Grande do Sul. Seguiremos investindo em iniciativas que não apenas ampliam o repertório artístico da população, mas também fortalecem a nossa identidade cultural", acrescentou a secretária.

"Chegamos ao final desse Festival muito felizes com nossas escolhas para cada filme, tanto da Mostra Competitiva quanto da Mostra Especial, de cada artista trazido até aqui. Nossa grande homenageada, Renata Martins, uma mulher inspiradora, desbravadora de mundos, esteve com a gente aqui em Porto Alegre, para conversar com novos cineastas, cineastas negros", destacou a curadora-geral, Kaya Rodrigues. “E isso fala sobre o que a gente gostaria de plantar no futuro, essas novas narrativas, histórias inspiradoras, para que a gente possa acreditar num amanhã muito mais potente", concluiu.

Mais informações estão disponíveis nas páginas do Instagram do Festival Cinema Negro em Ação , do Iecine e da Sedac .

Vencedores – Categoria Nacional

  • Melhor Longa:Menina Mulher de Pele Preta(SP), de Renato de Lima e Bárbara Magalhanis;
  • Melhor Curta:Caluim (BA), de Marcos Alexandre;
  • Melhor Videoarte:Descarrego (RJ), de Joana Claude;
  • Melhor Videoclipe:Flor de Mururé(SP), de Marcos Corrêa e Priscila Cobra;
  • Menção Honrosa:Maré Braba (CE), de Pâmela Peregrino;
  • Júri Popular:Menina Mulher de Pele Preta.

Vencedores – Destaque RS

  • Direção: Cocoa Mami, Hustla, Leonardo Talayer, Rafaela Giacomelli, porArquétipo(Videoclipe);
  • Roteiro:Estrutura Popular Brasileira(Videoarte), de Luis Ferreirah;
  • Intérprete: Cocoa Mami, porArquétipo;
  • Melhor Trilha Sonora: Cocoa Mami, Hustla e Leonardo Talayer, porArquétipo;
  • Desenho de Som: Luiz Ferreirah, porExú Tranca Rua e Seus Caminhos;
  • Direção de Arte: Cocoa Mami, Hustla, Leonardo Talayer e Rafaela Giacomelli, porArquétipo;
  • Fotografia: Luiz Ferreirah, porEstrutura Popular Brasileira.

Sopapo LAB

  • Corpo Salgado, de Alceu José da Silva;
  • Esperança, de Alexandre Mattos.

Texto: Ascom Sedac
Edição: Secom

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