As tarefas domésticas de limpar a casa também podem ser um exercício espiritual profundo. Pelo menos para os monges budistas. Para eles, a faxina tradicional tem um significado especial, que pode auxiliar na meditação e na remoção das más energias da casa. A lição é do monge Tulku Thondup, que dedica sua vida a traduzir textos antigos do budismo tibetano e a escrever livros sobre ensinamentos da religião.
Confira as dicas do monge
1. Aqueles que não cuidam dos objetos não cuidam das pessoas também: não devemos esquecer que cada objeto foi criado com o trabalho de alguém e ter cuidado ao limpá-lo demonstra respeito e gratidão por esse trabalho.
2. Devemos ser gratos pelas coisas que nos serviram uma vez: precisamos reciclar o que não precisamos mais para que nós, ou outra pessoa, possamos continuar a usá-lo.
3. Se começarmos em silêncio, rodeados de calma, quando a vegetação e as pessoas ao redor ainda dormem, nosso coração vai se sentir em paz e nossa mente, clara: por isso devemos começar a limpar no início do dia; antes de dormir, devemos meditar um pouco para começar a limpeza no dia seguinte.
4. Devemos abrir as janelas e deixar o ar circular pela casa antes de começar a limpar: o ar puro nos deixará mais ávidos para limpar e também nos permitirá “entrar em contato com a fragilidade humana, a natureza e a força da vida”.
5. Não deixe pratos sujos ou restos de comida durante a noite: os pratos são lavados no final do dia e os resíduos orgânicos tornam-se compostos para as plantas; tudo em casa funciona como um ecossistema.
6. Quando estiver limpando, pense apenas na tarefa que está fazendo naquele momento: evite que sua mente vagueie ou se concentre em outras coisas; mantenha sua atenção no aqui e agora da tarefa que você faz.
7. Sempre divida a limpeza com o restante dos membros da família ou com as pessoas com quem você compartilha a casa: dessa forma, você aprenderá a valorizar o trabalho dos outros e entenderá que dependemos uns dos outros.
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