A cidade de Bento Gonçalves foi um dos municípios gaúchos escolhidos pelo Ministério das Cidades para implementar o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O objetivo do projeto é dar garantias de prevenção para a Capital do Vinho se precaver de eventos climáticos como os deslizamentos ocorridos no interior do município no mês de maio. O trabalho será conduzido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pela execução de outros nove planos semelhantes em diferentes partes do país.
Além de Bento Gonçalves, a cidade de Santa Cruz do Sul, no Vale do Taquari, também foi contemplada com o projeto. A iniciativa busca se consolidar como uma ferramenta essencial de planejamento urbano, permitindo que a prefeitura possa identificar problemas e sugerir soluções para minimizar os riscos. Para isso, serão analisadas tanto vias públicas quanto áreas privadas, levando em consideração rachaduras, deslizamentos de terra e registros anteriores de enchentes. O acompanhamento será feito pela Defesa Civil e equipes técnicas de diversas secretarias municipais.
Em Santa Cruz do Sul, os trabalhos começaram na segunda-feira, 14 de outubro. Em Bento Gonçalves, a prefeitura ainda não tem informações de quando e como o projeto será realizado. De acordo com o chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Diogo Rodrigues, a equipe permanecerá em Santa Cruz nas próximas duas semanas, retornando em fevereiro para continuar as atividades ao longo de 2025. “O Plano é um programa governamental que precisa da participação ativa da população, que será a principal beneficiada. Nosso objetivo é servir como um guia para decisões futuras, propondo obras e ações comunitárias que reduzam os riscos ou ensinem como lidar com eles, além de capacitar gestores públicos para aplicarem essas medidas de maneira eficaz”, explicou.
O geólogo do SGB destacou a importância de conhecer a situação atual para evitar tragédias futuras: "O que passou não podemos mudar, mas áreas de baixo e médio risco podem ter se tornado de alto risco depois do evento extremo que vivemos em maio no Rio Grande do Sul. Então, precisamos primeiro conhecer, para depois agir”.