Em pronunciamento nesta quarta-feira (9), o senador Lucas Barreto (PSD-AP) se posicionou contra a proposta de criação de uma unidade de conservação marinha que se estenderia por todo o mar territorial brasileiro, desde a fronteira com a Guiana Francesa até o limite entre Piauí e Ceará. O parlamentar expressou preocupações sobre o impacto dessa medida, e afirmou que objetivo é impedir a exploração de petróleo no pré-sal da Margem Equatorial, o que, segundo ele, comprometeria o desenvolvimento econômico dos estados das regiões Norte e Nordeste.
Segundo o senador, a iniciativa é impulsionada por organizações não governamentais (ONGs) e instituições como o Instituto de Estudos Avançados da USP, com o apoio da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ele alertou que o plano envolve a criação de um mosaico de preservação marinha, abrangendo uma área estimada em 35 milhões de hectares. Uma reunião técnica sobre o tema estaria agendada para esta quarta-feira (10), em São Paulo.
Lucas Barreto questionou as motivações por trás da proposta, que segundo ele, ganhou força após a descoberta de grandes reservas de petróleo e gás na costa dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. Ele levantou suspeitas sobre as intenções dos envolvidos, sugerindo que o verdadeiro objetivo seria inviabilizar a exploração dos recursos naturais da região.
— Exatamente no "grande prêmio da Margem Equatorial", a USP vem propor a criação de um mosaico de unidades ambientais marinhas de proteção de 35 milhões de hectares, ou seja, oito vezes a área total do estado do Rio de Janeiro. Estamos enfrentando um crime de falsidade ideológica acintoso, que fica mais agravado por essa tentativa de proibir, por vias transversas, a exploração de petróleo no pré-sal da Margem Equatorial, pois, até onde se sabe, essas ONGs uspianas querem utilizar a COP 30 para criar um megamosaico marinho de proteção integral e inviabilizarem o desenvolvimento dos estados do Amapá, Pará, Maranhão e Piauí — sugeriu.
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