Imagine uma cidade que não tem disputa eleitoral para prefeito há 25 anos. Pensou? Agora, imagine uma cidade que deu quase 80% dos seus votos ao ex-presidente Jair Bolsonaro e agora ter um prefeito do PT, partido do presidente Lula. Pois a cidade de Nova Roma do Sul, na Serra Gaúcha, conseguiu realizar estes dois feitos quase inéditos no Brasil.

Por mais incrível que possa parecer, Nova Roma do Sul vem se desenvolvendo neste um quarto de século em uma união política do Partido dos Trabalhadores (PT) e o Progressistas (PP). Desde que fizeram a primeira coligação, em 2008, os partidos acertaram que cada um ficaria oito anos comandando a cidade. E, desde então, assim tem sido.

O atual prefeito, Douglas Pasuch, que ficou oito anos comandando a prefeitura, por oito anos foi vice do petista Marino Testolin. Em 2024, o PT voltará a comandar a cidade, desta vez com o vice de Pasuch nos dois mandatos, Roberto Panazzolo. Ele terá Rogério Klin, do PP, como seu vice.

Nova Roma do Sul, nas eleições de 2022, deu 77,63% de seus votos válidos para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, vai ter uma administração do PT a partir de 2025. Será o quinto mandato consecutivo da coligação PT/PP. A comunidade parece ter se acostumado com a forma de governar implantada no município e não pretende trocar o formato de gestão, pelo menos até 2028, quando o futuro prefeito Panazzolo deve tentar a reeleição.