A falta d'água está trazendo sérios prejuízos para o município de Garibaldi. Tanto que, nesta sexta-feira, 13, a prefeitura decretou situação de emergência por causa da estiagem. O município não tem previsão de racionamento de água na área urbana, mas estabeleceu regras de uso para evitar o desabastecimento.
O objetivo é também ajudar donos de propriedades rurais, locais onde já há escassez de água nas fontes e açudes. Conforme o prefeito Antonio Cettolin (MDB), o decreto possibilita a dispensa de licitação para a contratação de maquinário que pode auxiliar a abrir açudes na zona rural. Segundo ele, já existe dificuldade em fornecer água aos animais. "Já estamos nos precavendo para logo ali na frente. Retroescavadeiras do município já estão procurando água no interior", revelou o prefeito.
Segundo Cettolin, Garibaldi não tem prejuízos significativos na agricultura e criação de animais até agora. De acordo com ele, a produção de milho é a mais afetada, mas os agricultores usam principalmente para consumo próprio e não para a venda.
O decreto também formaliza a proibição de uso de água para tarefas como lavagem de telhados, carros e calçadas, além de irrigação de plantas e abastecimento de piscinas. O município vai auxiliar a Corsan na fiscalização de moradores e aplicação de multas em caso de descumprimento das normas. "Temos de conscientizar a população e proibir o uso de água que não seja para fins humanos", resumiu o prefeito.
A única barragem do município deixou de ser usada no dia 21 de fevereiro, quando alcançou um nível crítico. Inicialmente, a água fornecida em Garibaldi estava sendo buscada em Farroupilha, mas agora dois poços abastecem o município. Conforme o gestor da Corsan em Garibaldi, Alessandro Tavares, a barragem está com 93 centímetros de água. O ideal, segundo ele, é que esteja acima de 2,45 metros.
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