A cada 90 segundos uma pessoa morre por problemas cardiovasculares no Brasil. Doenças do coração são a principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, são quase 400 mil mortes por ano. Além do Setembro Amarelo, que lembra a prevenção e tratamento de doenças mentais, o Setembro Vermelho ocupa espaço no mês para lembrar a necessidade de prevenção das doenças cardíacas - dia 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração.
O cardiologista Maurício Prudente faz uma comparação para chamar atenção para o problema: durante os dois anos de auge de Covid-19, houve aproximadamente 600 mil mortes; já a doença cardiovascular mata 400 mil pessoas por ano, todos os anos. Além do elevado número de mortes, o médico lembra que há também os impactos das doenças cardiovasculares, que podem deixar sequelas e provocar problemas que envolvem toda a família. Ele defende a implantação de políticas públicas para que o país consiga tratar as pessoas que precisarão de cuidados do sistema público de saúde. “Quanto mais precoce o tratamento, maior a efetividade e menor o custo. Então, a discussão do momento é como garantir esse acesso da população à consulta com o cardiologista e também aos exames complementares, porque não adianta consultar e não dar sequência nisso”, enfatizou.
Hábitos saudáveis
O Setembro Vermelho é uma campanha global. Além de conscientizar para a importância de cuidar do coração e prevenir doenças cardiovasculares, tem como objetivo divulgar a importância de adotar hábitos saudáveis e fazer check-ups cardiológicos periodicamente. Algumas dicas para manter a saúde cardíaca em dia são: evitar alimentos ultraprocessados e optar por frutas, verduras, legumes, carnes magras, óleos naturais e sementes; controlar o estresse; e evitar o fumo.
Especialistas afirmaram que é importante chamar atenção para o problema porque as políticas de controle de doenças crônicas têm metas que costumam tratar da obesidade, tabagismo, uso de álcool, ressaltando a importância da atividade física e da alimentação saudável; porém, o principal risco para doença arteroscerlótica é a alta taxa de colesterol, detectada em exame de sangue. Para quem já tem doenças cardiovasculares ou tem presença de fatores de risco como hipertensão ou diabetes, é fundamental o diagnóstico e tratamento precoce, reforçam.