O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT), anunciou nesta segunda-feira, 9 de março, que se afastará do cargo a partir desta quarta-feira, 11. Em coletiva de imprensa, ele voltou a se defender das acusações que embasam os pedidos de cassação e explicou que o afastamento pode ajudar na aprovação de projetos importantes na Câmara.
Durante sua entrevista, o prefeito disse que acredita que os vereadores o manterão no cargo ao fim dos dois processos de impeachment que tramitam na Câmara. Claiton Gonçalves garantiu ainda que não gerou prejuízo financeiro ao município: "Eu confio muito nos vereadores. Cada um deles tem um trabalho honesto e leal junto à comunidade. Os parlamentares ouvem a comunidade, ouvem as pessoas, e eu confio muito que esse grupo vá dizer que o prefeito não deve ser impeachmado, não deve ser colocado na vala comum do impeachment, que é a vala dos corruptos, daqueles que se apropriam de dinheiro público, daqueles que têm vantagem pessoal, daqueles que fazem negócio com a política pública, com o dinheiro público. Eu imagino que os vereadores não entendam isso do seu prefeito", resumiu Claiton Gonçalves.
Ao lado do vice-prefeito, Pedro Pedrozo (PSB), Claiton anunciou que sairá em uma licença saúde por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, 11. O prefeito terá de fazer uma biópsia no estômago. Apesar da condição de saúde ser apontada como a principal para o afastamento, o chefe do Executivo admitiu que a defesa nos dois processos também colaborou para a decisão de deixar o cargo temporariamente.
Além disso, Claiton considera que, ao se afastar, abre caminho para aprovação de projetos de lei junto à Câmara de Vereadores. A proposta destacada por ele é a reforma administrativa, que deverá ser encaminhada ao Legislativo. Segundo o prefeito, a ideia é reduzir de 32 para 20 o número de faixas de Cargos em Comissão (CCs) e cortar em 30% os salários. Com isso, de acordo com o prefeito, a economia anual seria de R$ 3,5 milhões.
A mudança passaria a vigorar no ano que vem, após a troca de governo. Conforme o prefeito, a decisão de adiar a reforma para após a saída da administração dele leva em consideração a prerrogativa legal de que ninguém pode ter o salário reduzido enquanto exerce a função ou ser demitido e recontratado com uma remuneração menor.
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