Rio Grande do Sul Violência
Quem são os jovens mortos em chacina de Santa Rosa?
Todos são vítimas de uma guerra entre facções criminosas que está ocorrendo na cidade.
21/09/2024 13h31 Atualizada há 2 meses
Por: Marcelo Dargelio
Milene da Silva, Samule da Silva e Guilherme Rugine foram três das quatro vítimas fatais - Foto: Divulgação

Foram identificados três dos quatro jovens mortos a tiros em Santa Rosa, na Região Noroeste do Estado. A conclusão da Polícia Civil é de que as mortes são resultado de uma guerra de facções que vem ocorrendo na cidade. Um dos mortos não foi identificado e dois suspeitos da autoria do crime estão sob custódia policial no hospital.

De acordo com a Polícia Civil, foram identificados até o momento três pessoas das quatro encontradas mortas dentro de um apartamento na Avenida Santa Cruz, área central de Santa Rosa. Guilherme Rugine, de 21 anos, Samuel dos Santos da Silva, de 18 anos e Milene Gomes da Silva, de 26 anos seriam os ocupantes do apartamento na hora do crime. O quarto morto seria um homem que estaria junto com o grupo autor do crime e que acabou morrendo em um revide ao ataque por parte dos moradores. Ele não tinha documentos e, por isso, segue sem identificação. Samuel e Guilherme eram moradores de Santo Ângelo e estariam a pouco tempo frequentando o apartamento. Milena seria moradora de Santa Rosa e seria a pessoa que teria feito a locação do imóvel por temporada.

Pelo que foi apurado até o momento pela investigação policial, os criminosos chegaram para a execução entre quatro pessoas. Eles estavam com armas de grosso calibre e usando coletes à prova de balas e rádios comunicadores. Um deles morreu na troca de tiros, dois foram feridos e o quarto elemento conseguiu fugir do local. Entre uns feridos, um já está recolhido ao Presídio Regional de Santo Ângelo e o outro segue no hospital em Santa Rosa recebendo atendimento médico sob custódia policial.

As apurações preliminares dão conta de que o episódio violento decorre da soltura de um líder de facção, que, ao retornar a Santa Rosa, teria declarado guerra a rivais, ordenando a tomada de pontos de tráfico. Ao evidenciarem a presença e os planos desta liderança, chefes do grupo rival armaram postos de resistência aos possíveis ataques. Os nomes das lideranças apontadas pelas autoridades são preservados para não prejudicar as apurações. De acordo com informações preliminares, estes líderes do tráfico não estariam entre os mortos e feridos no tiroteio.

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