Gestantes de Bento Gonçalves estão enfrentando uma situação preocupante: há mais de dois meses, as mulheres grávidas do município não estão conseguindo realizar ecografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A denúncia aponta que as ecografias, essenciais para o acompanhamento da saúde do bebê e da mãe, não estão sendo autorizadas pelo município, deixando as gestantes sem informações cruciais sobre o desenvolvimento de suas gestações.
De acordo com relatos apurados pela reportagem do NB Notícias, as futuras mães estão angustiadas, sem saber, por exemplo, a posição do bebê — se ele está sentado, deitado ou se há possíveis complicações. A falta de previsão para a realização dos exames apenas aumenta a insegurança dessas mulheres, que, em sua maioria, dependem do SUS para o pré-natal.
As ecografias são exames essenciais durante o período gestacional, pois permitem o monitoramento do crescimento do feto, a identificação de possíveis anomalias e o planejamento adequado para o parto. Além de ajudar a identificar complicações precocemente, como problemas de posicionamento do bebê, elas oferecem uma visão clara do estado de saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Durante a gestação, o Ministério da Saúde recomenda a realização de, pelo menos, três ecografias: no primeiro, segundo e terceiro trimestres. Esses exames são indispensáveis para verificar o desenvolvimento fetal e garantir que tudo está correndo bem, ou, em casos de risco, possibilitar intervenções a tempo.
O que diz a Prefeitura de Bento Gonçalves
Em resposta à situação, a Prefeitura de Bento Gonçalves informou que a interrupção dos exames ocorreu devido à rescisão de um contrato emergencial com uma empresa que não conseguiu cumprir o chamamento público. No entanto, a gestão municipal esclareceu que já credenciou uma nova empresa para realizar os exames e que já está fazendo o chamamento para os exames com brevidade.
A administração destacou ainda que os exames de alto risco, como os casos em que há maior probabilidade de complicações, nunca ficaram sem assistência. "É preciso deixar bem claro que exames de alto risco nunca ficaram desassistidos", afirmou a Prefeitura.
Apesar da resposta, muitas gestantes ainda aguardam ansiosamente pelo agendamento de seus exames e reclamam da falta de comunicação clara sobre quando os serviços serão regularizados.