Pode custar muito caro ao prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL), a "brincadeira" de usar uma guilhotina para cortar a cabeça do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Por causa do ato, a Polícia Federal indiciou o prefeito por incitação pública ao crime. Até esta terça-feira, 3 de setembro, Feltrin não tinha sido notificado do indiciamento.

Em seu depoimento à Polícia Federal, Fabiano Feltrin disse que a declaração foi em tom de brincadeira em ambiente privado, sem intenção de ofender, e que não sabia que estava sendo filmado. No dia 25 de julho, durante visita do ex-presidente Jair Bolsonaro ao complexo turístico Stone Hall, em Farroupilha, o prefeito disse que a homenagem para o ministro Alexandre de Moraes era uma guilhotina, sugerindo que ele teria a cabeça cortada.

Segundo a PF, "Feltrin não é um cidadão comum, mas uma autoridade política cuja influência sobre a população local é considerável". (...) "Por essa razão, espera-se que ele tenha plena consciência de que seus comportamentos podem não apenas ofender determinadas pessoas, mas também incitar ações violentas", afirma o relatório.

Agora, cabe à Justiça analisar as conclusões da PF e ouvir a Procuradoria Geral da República (PGR) para tomar uma decisão.