Na manhã desta quinta-feira (29/8), o auditório do Espaço RS na 47ª Expointer recebeu a palestra Mitigação e dedução: como o campo conecta-se com a resiliência. Durante o evento, foi assinado um Protocolo de Intenções entre o Estado e o Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), que desenvolveu a Calculadora do Balanço de Emissões degases do efeito estufa (GEE) no setor primário.
A nova ferramenta está alinhada com os compromissos globais assumidos pelo Estado, entre eles o Race to Zero e o Race to Resilience, campanhas globais destinadas a combater a crise climática e fortalecer a resiliência contra seus impactos.
Ela foi projetada para auxiliar os produtores rurais na avaliação e na redução das emissões, estimando o balanço de gases em propriedades rurais voltadas para sistemas produtivos baseados na produção de grãos, na pecuária leiteira e na pecuária de corte.
O evento foi promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio da Assessoria do Clima (Asclima) no âmbito do ProClima2050, que reflete o comprometimento do Estado com a sustentabilidade e a gestão efetiva da emissão de GEE.
“Considerando que o setor produtivo primário é responsável por aproximadamente 50% das emissões de GEE no Estado, a calculadora representa um avanço significativo para uma gestão mais sustentável e para potencializar as contribuições do setor na busca pelos objetivos dessas iniciativas”, pontuou a coordenadora da Asclima, Daniela de Lara.
Segundo o gerente de Projetos e Sustentabilidade da SIA, Gustavo Heissler, a ferramenta resulta de quase quatro anos de desenvolvimento de uma calculadora baseada em métodos internacionalmente aceitos. “Criamos uma metodologia que incorpora práticas de gestão e leva em conta as particularidades de cada fazenda e a necessidade de fatores de emissão realistas e um mapeamento preciso”, disse.
Inventário de emissões
O evento também marcou o lançamento do Relatório Preliminar do Inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado, elaborado pelo Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei). Este relatório é significativo para a formulação de políticas públicas efetivas e para promover a articulação entre o ICLEI e diversas partes interessadas, incluindo entidades, federações e instituições de ensino e pesquisa.
O documento servirá de base para ações coordenadas e precisas no enfrentamento das mudanças climáticas. “Com os dados será possível construir um plano de ação climática que, acima de tudo, tenha uma característica, uma lógica de médio e longo prazo de implementação, e que tenha, enfim, uma agenda robusta da pauta climática”, disse o diretor do Iclei Brasil, Rodrigo Corradi.
Pesquisas
Por fim, foram apresentados os projetos de pesquisa que focam no balanço de GEEs em campos e florestas. financiados pelo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Os pesquisadores das instituições habilitadas apresentaram os projetos e os principais avanços alcançados até o momento.
Foram compartilhadas as descobertas sobre o impacto das boas práticas agrícolas e das novas tecnologias desenvolvidas para mitigar as emissões de GEEs. Eles ofereceram percepções valiosas sobre a redução do impacto climático das atividades rurais e florestais.
"Com essas atividades, destacamos a importância de integrar pesquisa científica, inovação tecnológica e conservação ambiental. Nosso objetivo é aprofundar a compreensão dos desafios climáticos e fomentar ações práticas que avancem em direção a um futuro mais sustentável e resiliente”, finalizou a titular da Sema, Marjorie Kauffmann.
Edital Fapergs 005/23 – Pesquisadores / Projetos / Instituiçoes
Link para a apresentação Mitigação e redução: como o campo se conecta com a resiliência climática
Texto: Ascom Sema
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom