A enciclopédia Barsa, um ícone das bibliotecas brasileiras, está completando 60 anos em 2024. Sua trajetória no Brasil é marcada por décadas de sucesso como uma fonte confiável de conhecimento e referência, especialmente antes da popularização da internet. Criada em 1964, a Barsa se consolidou como um dos principais instrumentos de estudo e pesquisa nas escolas e lares brasileiros.
O nome "Barsa" é uma junção das iniciais dos sobrenomes dos editores originais, *Brito* e *Salvat*. A enciclopédia foi originalmente lançada pela Editorial Encyclopaedia Britannica, uma subsidiária da famosa Enciclopédia Britânica, em parceria com a Editora Salvat. A proposta era oferecer uma versão adaptada para o público de língua portuguesa, inicialmente voltada para o mercado brasileiro e posteriormente para o público de Portugal.
A Barsa conquistou seu espaço entre os brasileiros durante as décadas de 1970 e 1980 e os primeiros anos de 1990, período em que o acesso à informação era limitado. Sem a facilidade de busca oferecida pela internet, a Barsa se tornou um dos principais recursos para estudantes, professores e curiosos em busca de informações sobre os mais variados temas.
Fonte de Sabedoria e Respeito Acadêmico
A Barsa foi amplamente reconhecida como uma fonte de sabedoria por diversos motivos. Primeiramente, a enciclopédia era conhecida por seu conteúdo cuidadosamente verificado e de alta qualidade. As entradas da Barsa eram escritas por especialistas em cada área, o que conferia à obra uma credibilidade inquestionável. Além disso, a enciclopédia cobria uma vasta gama de assuntos, desde história e geografia até ciência, literatura e artes, tornando-se um recurso valioso para a educação.
Muitos brasileiros guardam lembranças afetivas da Barsa como um instrumento de estudo fundamental. Era comum ver famílias investindo na compra da enciclopédia para garantir que seus filhos tivessem acesso ao melhor material de referência disponível na época.
Ao longo dos anos, a Barsa se tornou mais do que apenas uma enciclopédia; ela se tornou um símbolo de status e cultura. Possuir uma coleção completa da Barsa em casa era visto como sinal de dedicação à educação e ao conhecimento. Muitas famílias consideravam a enciclopédia um investimento essencial, sendo vendida frequentemente por vendedores porta-a-porta, em parcelas acessíveis.
Uma curiosidade interessante é que, por um tempo, a Barsa foi utilizada em programas educacionais de rádio e TV, onde apresentadores consultavam a enciclopédia ao vivo para responder a perguntas do público. Isso reforçou ainda mais a imagem da Barsa como uma fonte confiável e indispensável de informação.
Barsa nos Dias Atuais
Com a chegada da internet e o fácil acesso à informação digital, a popularidade das enciclopédias impressas, como a Barsa, diminuiu significativamente. No entanto, a Barsa ainda é vendida e pode ser encontrada em formatos digitais. Algumas escolas e bibliotecas continuam a utilizá-la como uma ferramenta educativa, especialmente em locais onde o acesso à internet é limitado.
Apesar das mudanças nos hábitos de consumo de informação, a Barsa mantém seu legado como um marco na história da educação brasileira. Para muitos, a enciclopédia não é apenas um livro, mas um símbolo de uma era em que o conhecimento era algo a ser buscado de forma ativa e diligente.
Aos 60 anos, a Barsa permanece uma lembrança viva de como o conhecimento era transmitido e buscado em tempos passados. Mesmo em um mundo dominado por informações instantâneas e digitais, o valor histórico e cultural da enciclopédia Barsa continua a ser celebrado, preservando seu lugar na memória coletiva do Brasil.