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Saiba como recuperar pisos de madeira riscados ou manchados

Os pisos de madeira têm alta durabilidade, conferem personalidade ao décor e são uma boa opção para quem quer elementos naturais em casa.

15/02/2020 às 17h31 Atualizada em 11/03/2020 às 12h30
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Rogério Machado/Divulgação
Rogério Machado/Divulgação

Eles são charmosos, elegantes e proporcionam conforto térmico aos ambientes. Os pisos de madeira têm alta durabilidade, conferem personalidade ao décor e são uma boa opção para quem quer elementos naturais em casa. E o melhor: a manutenção diária, ao contrário do que reza o dito popular, é extremamente simples (esqueça a cera e o esfregão!). Mas de tempos em tempos, é preciso fazer uma revitalização do material. Riscos e desgaste natural exigem um processo de restauração. A boa notícia é que ela é fácil, prática e deixa o piso com cara de novo.

O piso está riscado, gasto, com manchas ou peças faltando? É possível mudar o aspecto dele e garantir proteção para os próximos anos de uso. “O processo convencional de restauração é lixar, raspar e envernizar novamente”, detalha o CEO da Parquet SP, Gustavo Wentz, especialista em instalação e restauro de pisos de madeira. “Mas nem sempre é preciso fazer tudo isso, muitas vezes uma aplicação superficial resolve a estética e a proteção sem agredir tanto a madeira”, complementa.

Na hora de planejar a revitalização do piso de madeira é preciso primeiro conhecer o material que será restaurado. Há pisos de madeira maciça, engenheirados — que são formados por parte de madeira maciça e outra parte de compensados — e ainda o multiestruturado, que é composto por várias camadas e estruturas.


Entre os subtipos, a aplicação pode ser em assoalho ou em tacos, com parquet, versalhes ou random length. O universo dos tipos de madeira também é bastante amplo. Entre as diferentes espécies usadas na fabricação do material, estão o carvalho, cumaru, ipê e peroba, entre outras. A principal diferença entre um e outro é a tonalidade, a “estampa” da madeira e a dureza — que indica a durabilidade de acordo com o tráfego onde o piso está.

Em via de regra, quanto mais clara, mais “macia” será a madeira — com indicação para áreas com baixa intensidade de tráfego. Já as madeiras escuras tendem a ser mais duras e são recomendadas para ambientes que recebem muitos passantes. Para adequar o estilo da madeira à necessidade do projeto de decoração, existem serviços de tratamento e pintura específicos, que dão outros tons e estilos ao material. É possível dar aparência de madeira envelhecida, mais clara ou mais escura. Além disso, o material usado para proteger a madeira também interfere diretamente na durabilidade que o piso terá.

Restauração completa

O primeiro passo é avaliar a necessidade de reposição de peças. Em residências antigas, é comum que tacos e parquets se soltem. “Áreas muito úmidas ou problemas no momento da instalação podem fazer com que as peças descolem do chão. Por isso, na hora de aplicar os tacos é importante que o contrapiso esteja desempenado e completamente limpo, livre de poeira ou imperfeições”, alerta Wentz. Isso vale também para a reaplicação no momento da restauração. É preciso remover todo o excesso de cola que sobrou da peça solta antes de colocar uma nova.

Feito isso, o nível de danos vai indicar a necessidade para restauração. Em alguns casos, um lixamento superficial pode resolver o problema. Por outro lado, se o verniz já estiver muito gasto e apresentar riscos, o ideal é fazer o processo completo. “É preciso remover todo o verniz ‘velho’ para poder aplicar uma nova proteção”, destaca Wentz. No processo de lixamento, vão embora também resíduos de cera e riscos que possam ter chegado até a madeira, passando do verniz original. O piso fica “cru” e é aí que entra uma nova camada de verniz, dando brilho e proteção à madeira.

Independentemente do tipo da madeira usada, a proteção aplicada vai determinar a vida útil do piso. “A recomendação de aplicação de verniz varia entre dois e oito miligramas, de acordo com a intensidade de tráfego do ambiente”, explica Wentz. “Para residências, até oito miligramas é o razoável, pois acima disso o verniz risca com facilidade. Já para áreas comerciais, a recomendação é de dois miligramas para baixo”. Em média, um piso bem cuidado pode durar até 60 anos sem precisar de novas restaurações.

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