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Rio Grande do Sul registra segunda menor taxa de mortalidade materna do Brasil em 2022
O Rio Grande do Sul teve a segunda menor taxa de mortalidade materna em 2022, com 38,9 óbitos maternos a cada cem mil nascidos vivos, ficando atrás...
14/08/2024 17h11
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

O Rio Grande do Sul teve a segunda menor taxa de mortalidade materna em 2022, com 38,9 óbitos maternos a cada cem mil nascidos vivos, ficando atrás apenas de Santa Catarina que registrou uma razão de 31,6 óbitos maternos. A morte materna é definida como o óbito ocorrido durante a gestação ou até 42 dias após o seu término, causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez.

Distrito Federal (44,5), São Paulo (44,9) e Pernambuco (46) completam a lista dos cinco melhores resultados em 2022. A média nacional foi de 57,5 óbitos maternos a cada cem mil nascidos vivos no período. Dados preliminares de 2023 apontam a ocorrência de 38 óbitos maternos e uma taxa de 31,42 para cada cem mil nascidos vivos no Rio Grande do Sul.

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O Estado registrou 46 óbitos maternos em 2022, número bem abaixo dos 114 óbitos registrados em 2021. A redução se deve, principalmente, a queda do número de óbitos maternos por covid-19: 64 ocorridos em 2021 e seis em 2022. Todos os óbitos de covid-19 em 2023 podem ser relacionados com a situação vacinal incompleta ou inexistente das gestantes e puérperas.

Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal publicado neste mês pela Secretaria da Saúde (SES). O boletim é elaborado pelas Políticas de Saúde da Mulher e da Criança, vinculadas ao Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde.

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Perfil da mortalidade materna no RS

Em 2022, o perfil das mortes maternas foi proporcionalmente maior entre mulheres negras, jovens, entre 20 e 34 anos, com oito e 11 anos de estudo e na primeira gestação. As principais causas de mortes foram hemorragia (19,6%), distúrbios hipertensivos como pré-eclâmpsia e eclampsia (17,4%), covid-19 (13%), infecções (13%) e aborto (6,5%).

Como estratégia para reduzir a mortalidade materna, a SES lançou o Protocolo Estadual de Prevenção e Manejo da Hemorragia Puerperal. O documento elaborado em 2022 tem o objetivo de capacitar as equipes de saúde na adoção de condutas adequadas, com base em evidências científicas.

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De acordo com a chefe de Divisão das Políticas dos Ciclos de Vida da SES, Gisleine da Silva, o pré-natal é uma das estratégias mais importantes para a redução da mortalidade materna, infantil e puerperal. “Por isso, a secretaria atualizou o Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária em Saúde, contribuindo com os profissionais de saúde na adoção das melhoras práticas clínicas de cuidado e de prevenção”, explica.

Outras ações desenvolvidas pela SES foram a regionalização do parto e do nascimento, com a ampliação do número de Ambulatórios de Gestação de Alto Risco (de 12 para 28, a partir criação programa Assistir em 2021) e o início do ciclo materno-paterno-infantil na Rede Bem Cuidar (RBC), em que são realizadas ações de qualificação das equipes da atenção básica voltadas a planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, puerpério e recém-nascido e puericultura.

Série histórica

Nos anos anteriores à pandemia do coronavírus, o RS vinha mantendo uma média de 52 óbitos por ano, considerando a série histórica iniciada em 2017. Porém, em 2021, com a covid-19, esse valor aumentou significativamente para 114 óbitos. Nos anos seguintes, houve uma diminuição no número de óbitos maternos, atingindo valores até menores ao do período pré-pandemia. Ao longo desses anos, entre 2017 e 2022, o Estado tem registrado queda no número de nascidos vivos, com um leve aumento nos números preliminares de 2023, em comparação com 2022.

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O boletim epidemiológico também traz um perfil dos estabelecimentos onde ocorrem óbitos maternos, uma análise das desigualdades sociais e raciais observadas nas razões de mortalidade materna no Estado, o perfil da mortalidade infantil e um perfil dos nascidos vivos no RS, com análise das principais causas de mortalidade infantil e fetal e investigação de óbito infantil e fetal.

Texto: José Luís Zasso/Ascom SES
Edição: Secom