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Médico que esqueceu gaze dentro de paciente não pode fazer novas cirurgias

Ele virou réu no caso envolvendo a morte da paciente Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, e teve suas atividades cirúrgicas suspensas pela justiça.

01/08/2024 às 08h35
Por: Marcelo Dargelio
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Mariane (foto menor) tinha 39 anos e deixou seis filhos - Foto: Kassiane Michel/Divulgação
Mariane (foto menor) tinha 39 anos e deixou seis filhos - Foto: Kassiane Michel/Divulgação

O médico e obstetra Joaquim Dellamora Mello está suspenso e não pode realizar cirurgias por determinação da 2ª Vara Judicial da comarca de Parobé. Ele virou réu e é acusado de homicício culposo (quando não há intenção de matar) e falsidade ideológica por ter esquecido uma gaze dentro do corpo de Mariane Rosa da Silva Aita, de 39 anos, durante uma cesárea. A paciente acabou morrendo alguns dias depois.

A denúncia foi oferecida ao Poder Judiciário pela promotora de Justiça Sabrina Cabrera Batista Botelho no dia 24 de julho. Segundo ela, foi imputado ao médico o crime de homicídio culposo, sem intenção de matar, durante o exercício da profissão, e falsidade ideológica. Sobre este segundo delito, o réu omitiu no prontuário médico da paciente a localização e a retirada da gaze durante uma nova cirurgia.

Mariane tinha dado à luz à uma menina no dia 12 de junho de 2023, no Hospital São Francisco de Assis, em Parobé. Após receber alta hospitalar, ela foi para casa e logo começou a reclamar de dores abdominais. A mulher estava morando em Novo Hamburgo e, após a realização de um ultrassom, foi constatado que havia um corpo estranho na região do abdômen. 

Mariane voltou a ser internada no hospital de Parobé, onde foi submetida a duas cirurgias, mas acabou morrendo no dia 23 de agosto de 2023. Além da bebê recém-nascida, ela deixou outros cinco filhos. 

O médico Joaquim Dellamora Mello foi afastado do hospital no dia 25 de agosto de 2023 e, posteriormente, demitido do quadro funcional da unidade. Nos exames de necropsia de Mariane, ficou comprovada a negligência do médico e ele foi indiciado por homicídio culposo pela Polícia Civil. 

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