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ExpoBento/Fenavinho fecham com mais de 274 mil visitantes e R$ 50 milhões em negócios

Evento que marcou a retomada da economia gaúcha bateu recordes e superou todas as expectativas.

21/07/2024 às 21h35 Atualizada em 23/07/2024 às 17h04
Por: Marcelo Dargelio
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ExpoBento/Fenavinho fecham com mais de 274 mil visitantes e R$ 50 milhões em negócios

As edições de retomada da ExpoBento e da Fenavinho evidenciaram como as promoções do Centro da Indústria, Comércios e Serviços (CIC-BG) servem de plataforma para impulsionar negócios na Serra. Após 11 dias de programação, feira e festa, encerradas neste domingo (21) em Bento Gonçalves, contabilizaram a passagem de 274.360 visitantes, público responsável por trazer o que os cerca de 450 expositores mais queriam: estimular compras e vendas. Esse é o segundo maior público da história da feira/festa, atrás apenas somente da edição de 2022, com 276 mil visitantes. A estimativa é de que os negócios gerados fiquem em torno de R$ 50 milhões.

"Estamos mostrando que é possível, sim, reerguer o Rio Grande do Sul. Com trabalho e união, podemos, e vamos, retomar a economia e trazer de volta o progresso para nosso Estado. Estamos servindo de exemplo e inspiração para todos que sofreram perdas. Nossa feira e nossa festa encerram com uma mensagem muito positiva: é hora de erguer a cabeça, olhar para frente, arregaçar as mangas e trabalhar. Porque os resultados aparecem, como apareceram para todos que acreditaram na ExpoBento e Fenavinho", avaliou o diretor geral da 32ª ExpoBento, Tiago Casagrande.

À frente da Fenavinho, Patrícia Pedrotti lembrou que feira e festa chegaram em um momento desafiador, sobretudo para as comunidades do interior, que precisavam de acolhida e esperança. "A Fenavinho veio para lembrar a todos nós de que, juntos, podemos transformar a realidade. E foi isso que, juntos, fizemos", disse a coordenadora do comitê da festa, reforçando agradecimentos aos distritos e à sua equipe. "Encerramos a 19ª Fenavinho mais fortes do que nunca, e devemos isso a cada um de vocês".

Para o presidente do CIC-BG, Carlos Lazzari, os resultados alcançados pela feira e pela festa evidenciam o protagonismo dos eventos no tão necessário movimento da retomada da economia. "Muito bem acolhidas pelo público, que marcou presença de forma expressiva também nesta edição, a 32ª ExpoBento e 19ª Fenavinho comprovam o quanto acertada foi a decisão de mantermos sua realização, sobretudo nesse contexto, e estão fortemente conectadas a um dos propósitos do CIC-BG que é a promoção de oportunidades de negócios e fomento ao desenvolvimento de toda a região. Estamos muito satisfeitos com o trabalho e com os frutos dele decorrentes", diz.

O espírito de união proporcionado pela feira e pela festa foram destacados pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, Evandro Soares. "ExpoBento e Fenavinho encerram demonstrando sua conexão com a cidade. Eventos que após períodos difíceis chegam para ser propulsores de negócios, do turismo e para evidenciar o trabalho dos agricultores e de toda a comunidade de Bento Gonçalves", salientou.

 

Expectativas superadas

As transações comerciais pipocaram em todos os segmentos da 32ª ExpoBento e da 19ª Fenavinho, que receberam seus maiores públicos no fim de semana de encerramento – 43.958 visitantes no sábado e 40.498 no domingo, os dois dias de maior fluxo de público. Antes mesmo das edições chegarem ao fim no Parque de Eventos, muitos expositores haviam ultrapassado a meta planejada. Foi o caso da Santé Sono & Bem-Estar, revendedor autorizado Eko'7, que superou os R$ 500 mil previstos no sábado. "E ainda temos o pós-feira, pois muitos negócios acabam ocorrendo dentro de 30 dias. A ExpoBento nos dá muita visibilidade, e fizemos muitos novos clientes que são indicados por quem já comprou conosco", contou Lúcia Costa da Rosa, proprietária da Santé.

A ExpoBento foi palco de estreias também. A San Pietro - Vida Italiana, especializada na obtenção da cidadania italiana, resolveu apresentar seus serviços na feira devido à sua popularidade. "Estamos surpresos, com o estande sempre movimentado, atendendo a um público muito específico. Teve família, inclusive, que trouxe documentação para uma primeira análise e já fechamos muito negócios, superando nossas expectativas", contou a proprietária da San Pietro, Celania Dall'Agnol, que aproveitou a participação para fazer um gesto de solidariedade. O dinheiro jogado numa fonte que emula a Fontana di Trevi, instalada no estande, assim como um recurso extra da própria empresa, será revertido para o Lar do Ancião.

A maior edição da Agroindústria Familiar da história da ExpoBento, com mais de 60 expositores, também foi um grande balcão de negócios. "Vendemos muito mais do que o dobro do ano passado", atestou a proprietária da Agroindústria Agnolin, Larissa Guidolin. A empresa de embutidos de Nova Bassano expõe há mais de cinco edições na feira, mas se surpreendeu neste ano. "A mercadoria que havíamos trazido para quase a feira inteira saiu em três dias, no sábado passado", contou Larissa, que precisou viajar a Nova Bassano cinco vezes para repor o estoque, levando cerca de três horas para realizar cada perna da viagem, em virtude dos bloqueios na BR-470. "Tivemos que ir quase todos os dias porque não dava conta de produzir", disse, contabilizando uma venda superior a 40 quilos de torresmo e cerca de 500 quilos de salame.

Na Fenavinho, que apresentou ao público – e às vinícolas – uma nova configuração, os resultados foram igualmente auspiciosos. Na Vinícola Santa Bárbara, de Garibaldi, a comercialização de vinhos e espumantes também já era superior as do ano passado antes de a festa acabar. "É uma nova proposta que não sabíamos qual seria o resultado, mas mostrou que foi um sucesso, proporcionando um acolhimento maior e um atendimento diferenciado", disse o proprietário, Elenir Antonio Cesca, comprovando a importância do evento para a retomada. "Vínhamos dos problemas das enchentes, e era uma preocupação muito grande de fazer a festa e de fazer uma boa festa. Superou as expectativas de público e de organização, mostrando que o Rio Grande do Sul quer retomar o ritmo, trabalhar, produzir e se divertir", avaliou Cesca.

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